Commodities

Minério de ferro relega dados da China e fecha em queda de 1,17% em Dalian

16 set 2022, 7:12 - atualizado em 16 set 2022, 7:22
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Minério de ferro fecha em queda no mercado futuro chinês em Dalian, apesar dos números melhores que o esperado sobre o varejo e a indústria na China em agosto (Imagem: Reuters/David Gray)

O minério de ferro fechou em queda nesta sexta-feira (16) no mercado futuro chinês, em Dalian, relegando os dados melhores que o esperado sobre a atividade econômica na China. O contrato mais ativo, referente a janeiro de 2023, encerrou em queda de 1,17%, cotado a 715,50 yuans. 

Ao longo da sessão, o preço da commodity metálica oscilou de 727,50 yuans, na máxima, a 707,50 yuans, na mínima. O movimento refletiu os números do varejo e da indústria chinesa em agosto. 

Enquanto as vendas no varejo chinês aceleraram o ritmo e cresceram 5,4% em agosto, em base anual, de +2,7% em julho; a produção industrial avançou de 3,8% para +4,2%, no mesmo tipo de confronto. Ambos os resultados vieram acima das expectativas do mercado.

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Economia chinesa titubeia

“A economia da China se manteve um pouco melhor do que o previsto no mês passado”, resumiu o economista sênior da Capital Economics, Julian Evans-Pritchard.

Porém, ele observa que a melhora no desempenho se deve a uma base de comparação menor. Há um ano, o surto da variante delta do coronavírus estava pesando na atividade chinesa.

Com isso, o economista avalia que a economia da China em setembro deve ser ainda pior. “A atividade deve permanecer fraca nos próximos meses”, prevê Evans-Pritchard, da Capital Economics.

Ele lembra que a China ainda sente o impacto do aprofundamento da crise imobiliária, à diminuição das exportações e às interrupções recorrentes por causa da covid-19.

Portanto, a atividade econômica chinesa segue em patamar deprimido e condizente com um crescimento do PIB em torno de 3%, avalia o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa.

“A China está mais à frente no ciclo econômico, já em uma fase de expansão monetária e fiscal, ao contrário dos países do Ocidente”, observa.

Para ele, o gigante emergente deve sair mais cedo da ‘crise’. “Porém, o caminho ainda será longo e tortuoso”, conclui Kawa, em comentário matinal.

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