Commodities

Minério de ferro cai mais de 15% em 2024 com demanda fraca da China e estoques altos

31 dez 2024, 11:20 - atualizado em 31 dez 2024, 11:20
ibovespa
(Imagem: Reuters/David Gray)

Os futuros do minério de ferro encerraram o ano de 2024 com queda drástica de mais de 15%, à medida que a demanda enfraquecida, as margens apertadas das siderúrgicas e os altos estoques portuários na China, principal mercado consumidor, pressionaram os preços do principal ingrediente da fabricação de aço.

Os preços subiram durante as negociações do dia, com o sentimento do mercado impulsionado pelo comentário do presidente da China, Xi Jinping, de que o PIB deste ano deve crescer em torno de 5%, embora a crescente cautela após a desaceleração da expansão da atividade fabril chinesa em dezembro tenha pressionado os preços no início da sessão.

O Banco Mundial considera que o crescimento do PIB da China será de 4,9% este ano, acima de sua previsão de junho, de 4,8%.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,17%, a 779 iuanes (US$ 106,73) a tonelada.

O minério de ferro de referência de fevereiro na Bolsa de Cingapura subia 0,23%, a US$ 100,4 a tonelada, depois de cair para US$ 99,6 no início da sessão.

No acumulado do ano, o contrato de Dalian recuou 16%, enquanto o índice de referência de Cingapura perdeu 18,5%, refletindo uma diminuição da demanda, com a produção de aço bruto da China caindo 2,7% em relação ao ano anterior nos primeiros 11 meses deste ano.

Uma série de medidas de estímulo reveladas por Pequim desde o final de setembro para estimular a economia em frangalhos ajudou o mercado de ferrosos a recuperar algumas perdas causadas por problemas prolongados no setor imobiliário, que afetaram o consumo de aço, apesar das robustas exportações de aço.

No próximo ano, a expectativa é de mais excesso de oferta nos mercados de minério de ferro “sea-borne”, disse Tomas Gutierrez, chefe de dados da consultoria Kallanish Commodities.

“As exportações australianas estão aumentando e alguns projetos importantes estão em fase de aceleração… Portanto, os preços ficarão sob pressão.”

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reuters@moneytimes.com.br
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