Minério de ferro cai em Dalian com apetite reduzido após dados econômicos da China
Os contratos futuros de minério de ferro de Dalian caíram nesta terça-feira depois que o crescimento econômico da China, maior produtora mundial de aço, diminuiu em 2022 para um dos piores níveis em quase meio século, alimentando temores de mais dores de cabeça inflacionárias em todo o mundo.
O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou o dia de negociação com queda de 1,3%, a 835,0 iuanes (123,32 dólares) a tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência de fevereiro subiu 0,5%, para 120,00 dólares a tonelada.
O quarto trimestre da China foi duramente atingido por restrições rígidas da Covid-19 e por uma retração no mercado imobiliário, aumentando a pressão sobre os formuladores de políticas para anunciar mais estímulos este ano.
O investimento imobiliário do país fechou 2022 com uma queda de 10% em relação ao ano anterior –a primeira queda desde que os registros começaram em 1999–, em comparação com um declínio de 9,8% nos primeiros 11 meses do ano.
A produção do maior produtor de aço aumentou 4,5% em dezembro em relação ao mês anterior, uma vez que a demanda pelo material usado na construção subiu após o maior apoio do governo ao setor imobiliário.
Talvez não seja surpreendente que a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) esteja tomando medidas adicionais para limitar os preços do minério de ferro, uma vez que o metal ainda conseguiu subir mais de 6% desde o anúncio de que a NDRC aumentaria os esforços para regular os preços e reprimir a especulação maliciosa do metal, de acordo com nota da corretora de commodities Marex.