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Minério de ferro cai em Cingapura, mas sobe na China em meio à política de “Covid Zero”

29 jul 2022, 9:39 - atualizado em 29 jul 2022, 9:39
Minerio de ferro
Minério de ferro realiza lucros em Cingapura, após subir ao maior nível em um mês, mas sobe na China em meio à política de “Covid Zero” no país (Imagem: REUTERS/Muyu Xu)

Os preços do minério de ferro não registraram uma direção única nos negócios na Ásia. Enquanto a commodity metálica caiu Cingapura, houve alta em Dalian (China).

A indefinição reflete as incertezas sobre a política de combate ao coronavírus, após o alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI) à China para repensar a covid-19.

A indicação de que o governo chinês deve manter o controle de novos surtos como prioridade pesou em Cingapura.

O contrato do minério de ferro mais negociado, referente ao mês de setembro caiu 3,7%, a US$ 114,30 dólares a tonelada na Bolsa de Cingapura, realizando lucros após atingir o maior nível desde 30 de junho, a US$ 119,90 na sessão anterior.

Já na bolsa de commodities de Dalian (China), o contrato do minério de ferro com mesmo vencimento encerrou em alta de 1,63%, a 780,50 yuans a tonelada.

Ontem, um funcionário do alto escalão do FMI alertou a China que a política de “Covid Zero” é um “entrave” ao crescimento econômico e instou o governo chinês a repensar essa abordagem.

A China poderia evitar mais bloqueios se usar “vacinas eficazes”, como as do tipo RNA mensageiro (mRNA), e aumentar a taxa de injeções, especialmente entre pessoas mais velhas, disse Krishna Srinivasan, diretor da Ásia e Pacífico do FMI.

Porém, analistas do ANZ avaliam que é improvável que aconteçam mudanças na política de “Covid Zero” na China no curto prazo. “Qualquer mudança só acontecerá quando as autoridades chinesas estiverem convencidas de que as mutações são menos virulentas e as vacinas/medicamentos são comprovadamente mais eficazes”, disseram em nota.

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Bloqueio local, risco global

Dados recentes do segundo trimestre de 2022 mostram quão negativo foi o impacto dos bloqueios na economia chinesa e suas reverberações globais, especialmente nas cadeias de suprimentos.

Para a economista do Natixis, Alicia Garcia Herrero, novos bloqueios no delta do Rio Yangtze (Xangai, Jiangsu, Zhejiang e Anhui) e na área da Grande Baía, próximo a Hong Kong e Shenzen, são os “mais caros”.

“Esses dois polos fabris respondem por 26% e 12% da produção industrial da China e as participações das exportações são ainda maiores, de 36% e 24%”, diz, em relatório.

Em contraste, a região de Jing-Jin-Ji (Pequim, Tianjin e Hebei) representa apenas 5% das exportações, embora seja importante politicamente, emenda a economista.

*Com Reuters

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