Minério de ferro

Minério de ferro cai em Cingapura com demanda de aço mais fraca

23 mar 2023, 8:48 - atualizado em 23 mar 2023, 8:48
Minério de ferro
A demanda aparente de produtos de aço para construção, incluindo vergalhão e fio-máquina, caiu 6,1% na semana, para 4,53 milhões de toneladas na semana encerrada em 23 de março (Imagem: Reuters/David Gray)

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Cingapura reverteram o curso e passaram a cair nesta quinta-feira, com uma demanda muito mais fraca do que o esperado por aço prejudicando o sentimento.

O minério de ferro de referência em abril na Bolsa de Cingapura foi negociado em queda de 0,72%, a 119,4 dólares a tonelada.

O contrato futuro de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com recuo de 2,01%, a 854 iuanes (125,25 dólares) a tonelada, ampliando as perdas pelo quarto dia consecutivo e no menor nível desde 14 de fevereiro.

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“Os dados divulgados hoje mostraram que a demanda aparente de produtos de aço para construção registrou uma queda drástica, pesando sobre o sentimento”, disse Pei Hao, analista sênior de Xangai da corretora internacional FIS.

A demanda aparente de produtos de aço para construção, incluindo vergalhão e fio-máquina, caiu 6,1% na semana, para 4,53 milhões de toneladas na semana encerrada em 23 de março, calculou a Reuters com base em dados da consultoria Mysteel.

“O impacto da reabertura da China pode ser de curta duração em meio a problemas subjacentes no mercado imobiliário chinês. Isso pode levar a uma fraqueza ainda maior no preço do minério de ferro este ano”, disseram analistas do banco ANZ em nota.

Os preços de outras matérias-primas siderúrgicas, como carvão metalúrgico e coque, também enfraqueceram no pregão da tarde, com o primeiro caindo 0,36% e o último recuando 0,99%.

Melhorando o sentimento do mercado pela manhã, as cidades de Handan e Tangshan, no norte da China –dois grandes centros siderúrgicos– decidiram remover a última rodada de restrições à produção, uma vez que a qualidade do ar melhorou.

reuters@moneytimes.com.br