Minério de ferro atinge mínima de 2 semanas conforme rali na China perde força
Os contratos futuros de minério de ferro caíram para uma mínima de duas semanas nesta quinta-feira, com os traders reavaliando as perspectivas de demanda na China, importante consumidora do produto, apesar das expectativas de mais estímulos para apoiar a recuperação econômica do país.
Os preços do minério de ferro e do aço na China atingiram máximas de vários meses em janeiro, com os mercados se recuperando desde o início de novembro devido ao aumento das políticas de apoio de Pequim ao setor imobiliário em dificuldades e ao desmantelamento das rígidas restrições da Covid-19.
O ingrediente siderúrgico subiu mais de 9% este ano na Bolsa de Cingapura, enquanto as referências do aço na China, maior produtora mundial do material usado na construção e manufatura, também registraram ganhos mensais desde novembro.
Os preços do aço estão “agindo fortemente sob o suporte do custo e das expectativas positivas”, disseram analistas da Huatai Futures em nota.
Mas analistas disseram que o suporte do lado da demanda para o minério de ferro precisa ser comprovado.
As importações e exportações da China estão enfrentando um ambiente “extremamente severo” devido aos riscos crescentes de uma recessão global e à desaceleração da demanda externa, disse uma autoridade do governo nesta quinta-feira.
O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou o comércio diurno com queda de 3,3%, a 841,50 iuanes (125,29 dólares) a tonelada. Mais cedo, atingiu 839 iuanes, o valor mais fraco desde 18 de janeiro.
O contrato de referência do minério de ferro em Cingapura caiu até 3,8%, para 121,20 dólares a tonelada.