Minério de ferro amplia queda na China e registra perdas mensais
O minério de ferro estendeu a trajetória de perdas nesta segunda-feira, com os preços na bolsa de Dalian caminhando para a queda mensal mais acentuada desde fevereiro de 2020, após uma retração inesperada na atividade fabril em outubro na China somar-se a uma perspectiva sombria para o maior produtor de aço do mundo.
O índice oficial de gerentes de compras de manufatura da China ficou abaixo da marca de 50,0 esperada em uma pesquisa da Reuters, puxado para baixo pela diminuição da demanda global e pelas restrições da Covid-19.
O minério de ferro mais negociado em janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 4,1%, a 606,50 yuanes (83,31 dólares) a tonelada, depois de atingir seu nível mais fraco desde 22 de julho, a 602,50 yuanes, no início da sessão.
O contrato estava a caminho de uma queda mensal de mais de 15%.
Na Bolsa de Cingapura, a referência de dezembro caiu 3,5% a 77,90 dólares a tonelada, depois de cair mais cedo para uma mínima de dois anos de 75 dólares.
O minério de ferro de Dalian caiu mais de 30% em relação ao pico de junho, de 890 iuanes por tonelada, enquanto o minério de ferro em Cingapura está mais de 50% abaixo da máxima alcançada em abril, quando superou 160 dólares.
“A pergunta na boca de todos agora é: ‘até onde podemos ir?’ A resposta é: ‘depende da rapidez com que os fornecedores de minério de ferro marítimo de alto custo reagem aos preços mais baixos e reduzem os embarques'”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.
Prevê-se que os preços de referência do minério de ferro no final do ano sejam os mais baixos dos últimos três ou quatro anos, com a China e a Europa cortando a produção de aço, enquanto a pressão aumenta devido à oferta adicional.
As restrições à produção de aço no inverno e os lockdowns da Covid-19 na China devem diminuir ainda mais a demanda por minério de ferro e outros insumos siderúrgicos.