Minério cai com temores que dólar forte iniba compras chinesas
O minério de ferro caiu após os dados de inflação americana alimentarem as expectativas de mais aperto monetário e um dólar mais forte que tornaria as importações mais caras.
O ingrediente siderúrgico afundou até 3,2%, para US$ 100,05 a tonelada, em Singapura.
O mercado ficou cauteloso depois da divulgação do CPI de agosto nos EUA, que subiu 8,3% ano a ano e gerou preocupações de que o Federal Reserve implementará outro aumento histórico de juros na semana que vem.
Como a China compra matérias-primas em dólares, uma moeda americana mais forte aumentaria os custos para os importadores em um momento em que o país já lida com surtos de vírus e um setor imobiliário frágil que contribui para pelo menos um terço da demanda de aço.
O yuan teve a maior queda em um mês após os dados do CPI.
“Um Fed persistentemente hawkish e a inflação que ainda não esfriou o suficiente” são ambos fatores de baixa para a demanda por aço, disse a Minmetals Futures em nota.
Além disso, as margens de lucro em queda levam as usinas a apenas reabastecer o minério de ferro quando necessário para manter a produção em movimento, acrescentou.
Enquanto isso, no lado da oferta de longo prazo, a Rio Tinto (RIOT34) e a gigante estatal chinesa Baowu Steel, seu maior cliente, desenvolverão um novo projeto de minério de ferro na região de Pilbara, na Austrália, com participação majoritária da Rio Tinto.
A mina terá capacidade anual de 25 milhões de toneladas de minério de ferro.
Visto como um barômetro da atividade econômica, o cobre estendeu sua queda com os dados de inflação dos EUA, o que prejudicou as perspectivas de crescimento e demanda para as commodities.
O alumínio também caiu em Londres.
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