Mineradores seguem em busca de lucro em meio ao aumento da competição após ‘The Merge’
Mineradores de criptomoedas em busca de novos blockchains proof-of-work (PoW) após “The Merge”, atualização da Ethereum (ETH) concluída ontem (15), estão enfrentando dificuldades, conforme o aumento da competição por blocos reduz a lucratividade.
Com Ethereum abandonando o mecanismo proof-of-work e mudando para proof-of-stake (PoS), em que mineradores não são mais necessários, muitos mineradores que usam máquinas com placas de vídeo (GPUs, na sigla em inglês) estão migrando para outras redes PoW, como Ethereum Classic (ETC) e Ravencoin (RVN).
Porém, com a forte chegada de novos mineradores nessas redes, vêm um aumento na dificuldade de blocos, a qual está dificultando para mineradores com GPUs obterem lucro em meio às atuais condições de mercado e custos de energia, segundo Ben Gagnon, diretor de mineração na Bitfarms.
“A mineração com GPU está morta menos de 24 horas após The Merge”, disse Gagnon em um tuíte, acrescentando que três dos maiores blockchains que usam a mineração cripto oferecem lucros insignificantes e que “as únicas moedas mostrando lucro não têm valor de mercado nem liquidez”.
Taxa de hashes sobe, lucros caem
À medida que taxa de hashes de Ethereum Classic, Ravencoin e Ergo (ERG) continuam a subir, a competição entre mineradores concorrentes derrubou potenciais recompensas.
As recompensas de bloco da Ethereum Classic caíram de US$ 0,58 para US$ 0,01 nas 24 seguintes à The Merge, enquanto as recompensas de bloco de Ravencoin caíram de US$ 1,77 para US$ 0,04 no mesmo período, segundo dados da Minerstat.
“Mesmo operando hardwares de nova geração a um custo energético de US$ 0,03 por quilowatt-hora (KWh) [minerar] não é lucrativo na ETC agora”, disse Ethan Vera, diretor de operações da Luxor, que opera pools de mineração.
Sem uma rede lucrativa para minerar, cerca de 20% a 30% de mineradores cripto simplesmente desligaram as operações, segundo Vera.
O diretor de operações havia estimado, anteriormente, que somente mineradores contribuindo com, aproximadamente, 100 TH/s para a Ethereum conseguiriam se estabelecer em outros blockchains, citando a necessidade de melhores hardwares e preço baixo de energia elétrica para permanecer competitiva.
Agora, parece que até mesmo os mais recentes equipamentos para mineração e custos energéticos reduzidos poderão não ser suficientes para gerar lucro em redes como Ethereum Classic.
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