Mineradores burlam protocolo PegNet, transformando US$ 11 em US$ 7 milhões
Ontem, 21, um grupo de mineradores trapaceiros do PegNet, um projeto descentralizado de stablecoin criado no protocolo Factom, burlando o PegNet ao transformar um saldo de carteira de US$ 11 milhões em US$ 6,7 milhões.
De acordo com “WhoSoup”, um dos principais desenvolvedores do PegNet, um grupo de mineradores que controlavam quase 70% da taxa de hashes (velocidade em que dispositivos de mineração de criptoativos operam) de forma artificial, inflacionaram o preço de uma stablecoin lastreada ao preço do iene japonês (pJPY), transformando cerca de 1.265,79 pJPY (cerca de US$ 11,79) em US$ 6,7 milhões.
Então, os mineradores tentaram liquidar o máximo que poderiam em diferentes corretoras.
Não se sabe quanto dinheiro os invasores conseguiram roubar, considerando a necessidade de converter dólares na criptomoeda nativa PEG antes de vendê-la nas corretoras, além de o protocolo PegNet não permitir conversões rápidas.
Além disso, o invasor queimou todas suas stablecoins e entrou em contato com a PegNet, dizendo que foi uma tentativa de identificar possíveis vulnerabilidades e notificar os desenvolvedores. Os mineradores que realizaram o ataque mineravam, de forma honesta, na PegNet há um bom tempo.
Para manter o preço fixo de sua stablecoin, PegNet depende do envio de dados de preço por mineradores. Cada bloco requer até 50 pontos de dados, em que o protocolo descarta os 25 envios que estiverem mais longe da média total.
De acordo com os desenvolvedores, os mineradores realizaram o ataque ao enviar 35 dos 50 principais envios de preço, distorcendo, significativamente, a média a seu favor.
Houve muitas invasões neste ano, conforme muitos protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) são postos à prova. Os chamarizes no setor DeFi ficaram muito grandes para possíveis hackers apenas destacarem vulnerabilidades.
Nos últimos meses, ficou claro que o que protege esses protocolos de grandes perdas não são suas propriedades robustas de segurança.
Em vez disso, são protegidas pela supervisão realizada por corretoras, sistemas jurídicos que fornecem recursos e lentos blockchains que limitam a produtividade de transações.