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Mineradoras ou siderúrgicas? Veja quais empresas têm mais chances de agradar no 4T22

28 jan 2023, 9:00 - atualizado em 27 jan 2023, 17:07
CSN Mineração
Mineradoras devem ser a ponta positiva do setor nos resultados do quarto trimestre de 2022, enquanto siderúrgicas mostrarão números mais fracos (Imagem: Reprodução/ Site da CSN Mineração)

A temporada de resultados começou nesta semana com Cielo (CIEL3) entregando os primeiros números do quarto trimestre de 2022.

A expectativa sobre o setor de mineração e siderurgia está dividida. Isso porque, segundo a XP Investimentos, algumas empresas devem reportar melhores resultados do que outras.

Na opinião da corretora, os resultados devem vir fortes para mineração e fracos para as siderúrgicas. Para mineradoras de ferrosos, analistas esperam um crescimento de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) maior em relação ao terceiro trimestre, com a linha sendo impulsionada pela alavancagem operacional devido a uma melhor produção.

No caso das siderúrgicas, o Ebitda deve cair dois dígitos em base trimestral, refletindo menores volumes e preços de venda, além de custos crescentes, projeta a XP.

“Esperamos discussões sobre a reabertura chinesa impactando a demanda de minério de ferro e aço e temores de recessão econômica na Europa e nos Estados Unidos”, afirma.

A visão da corretora é parecida com a do Bradesco BBI, que também aposta em números mais fortes para as mineradoras.

O BBI prevê recuperação nas linhas dos resultados da Vale (VALE3) e da CSN Mineração (CMIN3), enquanto Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) devem recuar em várias frentes. Para CSN (CSNA3), a expectativa também é de números mais fracos.

Pelas projeções da XP, a Vale deve apresentar Ebitda consolidado de US$ 4,9 bilhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 21% sobre o trimestre anterior. No caso do braço de mineração da CSN, espera-se um resultado sequencialmente melhor, com o Ebitda ajustado chegando a R$ 1,7 bilhão, salto de 80% na comparação trimestral.

Em relação à Gerdau, o time de análise da corretora espera um recuo trimestral de mais de 30% no Ebitda consolidado, a R$ 3,7 bilhões, diante de menores volumes e preços no período. As margens devem diminuir em todos os segmentos, acrescentam os analistas.

A Usiminas, por sua vez, deve atingir Ebitda consolidado de R$ 508 milhões, queda de quase 40% trimestre a trimestre.

A XP também cita a CBA (CBAV3), que deve mostrar resultados pressionados diante da queda dos preços do alumínio, apesar dos altos preços de energia e dos baixos estoques da commodity.

“Para a CBA, esperamos resultados mais fracos (Ebitda deve cair 62% t/t) devido aos preços mais baixos do alumínio e maiores custos-caixa”, estimam os analistas.

A XP tem recomendação de “compra” para Vale, Gerdau e CSN Mineração, bem como para CBA. A Usiminas tem classificação “neutro”.