CryptoTimes

Mineradoras cripto americanas acumularam mais de US$ 1 bilhão em bitcoin

08 out 2021, 12:36 - atualizado em 08 out 2021, 12:49
Mineração de bitcoin BTC
Em média, durante o terceiro trimestre, a produção de mineração de bitcoin da Riot, Marathon, Bitfarms, Hut8, Argo e HIVE foi cerca de 82% maior que os valores gerados no segundo trimestre (Imagem: Unsplash/Michael Förtsch)

Diversas mineradoras de bitcoin (BTC) com capital aberto na América do Norte acumularam, juntas, mais de 20 mil BTC, avaliados em mais de US$ 1,1 bilhão com a atual cotação da criptomoeda.

Com base nos mais recentes dados mensais de produção, divulgados há pouco tempo, Riot, Marathon, Bitfarms, Hut8, Greenidge, Argo Blockchain e HIVE mineraram um total de 6.643 BTC no terceiro trimestre de 2021, o que corresponde a 7,5% do total de recompensas de bloco disponíveis durante o período.

Em média, durante o terceiro trimestre, a produção de mineração de bitcoin da Riot, Marathon, Bitfarms, Hut8, Argo e HIVE foi cerca de 82% maior que os valores gerados no segundo trimestre, devido ao aumento na quantidade de equipamentos e à queda na competição em relação a mineradoras chineses, após as recentes proibições.

Produção trimestral de bitcoin (Imagem: The Block)

Com sede em Nova York, a mineradora de bitcoin Greenidge abriu seu capital no terceiro trimestre de 2021, por meio de um acordo de fusão e, portanto, somente divulgou dados de sua produção e rendimentos do trimestre.

BIT Digital, a única mineradora de bitcoin norte-americana que tinha operações na China e foi afetada pelas proibições, ainda precisa atualizar os valores do terceiro trimestre.

Cleanspark é a mais nova integrante do mercado norte-americano de mineração de bitcoin.

Além da Cleanspark, BIT Digital e Greenidge, outras empresas adicionaram todos os bitcoins minerados até agora neste ano em seus balanços e têm, neste momento, 20.459 BTC, incluindo 4,812 BTC adquiridos pela Marathon no mercado secundário, no início deste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Reservas em bitcoin no primeiro, segundo e terceiro trimestres (Imagem: The Block)

Empréstimos com garantia em bitcoin

Visto que essas empresas não liquidaram seus bitcoins minerados e os apresentam em seus balanços, elas precisam garantir que têm fundos suficientes para pagar suas contas, encomendar novos equipamentos ou expandir suas instalações, em meio ao “boom” de infraestrutura na América do Norte.

Para isso, algumas dessas companhias estão fazendo empréstimos de capital.

Por exemplo, Argo Blockchain recentemente colocou alguns de seus BTC minerados como garantia para a Galaxy Digital, por um empréstimo de US$ 25 milhões.

Já a Marathon recebeu, recentemente, US$ 100 milhões em linha de crédito do Silvergate Bank, com garantia em bitcoin e reservas monetárias.

Ainda, Hut8 solicitou um empréstimo de US$ 12 milhões no início deste ano para a Foundry, do Digital Currency Group, a fim de expandir sua quantidade de equipamentos.

Essa estratégia é semelhante ao que mineradoras chinesas estavam fazendo desde 2019, apostando no lado positivo do crescimento do bitcoin, mas pagando uma taxa de juros.

As mineradoras chinesas também assumiram o risco de suas garantias serem liquidadas à força durante uma extrema volatilidade do mercado, como em março do ano passado. Uma situação semelhante poderá acontecer com as mineradoras americanas, caso o mercado tenha uma queda muito brusca.

Além dos empréstimos, mineradoras de bitcoin listadas em bolsas americanas também voltaram-se ao mercado público neste ano, para aumentar seu capital de giro e impulsionar planos de expansão.

Em setembro, Hut8 e Argo arrecadaram US$ 150 milhões e US$ 112 milhões, respectivamente, por meio de ofertas públicas, e a BIT Digital recentemente finalizou uma colocação privada de US$ 80 milhões.

No início deste ano, Bitfarms arrecadou US$ 30 milhões em uma colocação privada de instituições americanas. Além disso, a Cleanspark, listada na Nasdaq, obteve US$ 200 milhões em uma oferta pública, quando a empresa adentrou o setor de mineração de bitcoin.