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Mineradora que pode disparar 130%, segundo Safra, tem notícia transformacional

31 ago 2023, 13:32 - atualizado em 01 set 2023, 0:35
Aura Minerals
A Aura espera produzir 748 onças de ouro com uma vida útil de 11,3 anos para a primeira etapa do projeto (Imagem: Reprodução/ Site)

A Aura Minerals (AURA33), mineradora que produz ouro, concluiu o estudo de viabilidade do Projeto Borborema, no Rio Grande do Norte, e recebeu boa recepção de analistas. Apesar disso, a ação da Aura pouco reagia. Por volta das 12h41, o papel subia 2,17%, a R$ 32,50.

Para o BTG, no entanto, a reação do mercado pode ser justificada pelas licenças que exigem aprovação de órgãos regulatórios, o que sempre traz riscos.

Mesmo assim, o banco classificou a notícia como ‘transformacional’ e ‘não precificada’. A Aura espera produzir 748 onças de ouro com uma vida útil de 11,3 anos para a primeira etapa do projeto. A produção média nos primeiros três anos é estimada em 83 mil onças/ano, o que equivale a 34% da produção da empresa em 2022.

Pelos cálculos dos analistas Caio Greiner e Leonardo Correa, que assinam o relatório, a empresa sai do projeto com um valor presente líquido (VPL) de R$ 12,5 por ação, ou 40% do valor de mercado da empresa, e taxa interna de retorno (TIR) de 22%.

“Em nossa opinião, a Borborema é transformadora para a Aura e tem sido completamente desconsiderado pelo mercado até agora”, coloca.

Na visão do Safra, os resultados positivos com o estudo representam um passo importante na construção do portfólio da Aura e no alcance da meta de produção anualizada de 450 mil onças equivalentes de ouro (GEO) em 2025.

Já a XP lembra que o projeto se beneficia da proximidade com a rodovia BR-226 e Natal, que fica a 172 km de distância.

A Aura adquiriu o projeto em setembro de 2022, depois que a companhia Xapetuba recuperou cerca de 3.000 kg de ouro.

As obras a céu aberto deverão começar no segundo trimestre. A construção será no primeiro trimestre de 2025, visando a primeira extração de ouro no segundo trimestre de 2025 e a produção comercial no terceiro trimestre de 2027.

A Aura também anunciou a aquisição dos 20% restantes da participação que ainda pertencia a Dundee no projeto, em troca de royalties de 1,5%.

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Para o BTG, a Aura é uma boa oportunidade para diversificação de portfólio, ao mesmo tempo em que proporciona crescimento agregado e retornos sólidos ao longo do tempo.

“A empresa se diferencia por ter um plano de expansão agressivo que pode levá-la a quase dobrar a produção nos próximos anos, com projetos bastante agregadores, os investidores que compram Aura hoje, recebem os projetos de graça”, coloca.

Apesar do momento operacional um tanto pressionado, “acreditamos que a empresa está no caminho certo para cumprir sua meta de 2025 de aumentar a produção para 450 kGEO”.

O BTG tem recomendação de compra para a companhia, com preço-alvo de R$ 47, o que abre potencial de alta de 51%. Já o Safra espera que a ação dispare 130%, com preço-alvo de R$ 73,30.

Por fim, a XP também possui indicação de compra, com preço-alvo de R$ 50, potencial de alta de 58%.