Mineradora garante: Vai crescer pagando dividendos, mas Itaú comprou ideia?
A Aura Minerals (AURA33), mineradora canadense que atua na exploração de ouro, realizou o seu Dia do Investidor. Presentes no evento, analistas do Itaú BBA gostaram do que viram.
Em relatório enviado a clientes, os analistas, liderados por Daniel Sasson, destacam que o balanço confortável permite projetos de crescimento e retorno aos acionistas.
A administração destacou que gerenciamento espera continuar a proporcionar retornos sólidos aos acionistas por meio de dividendos.
“De acordo com Aura, é improvável que o sólido pipeline de projetos de crescimento afete a capacidade da empresa de continuar a pagar dividendos”, coloca.
A Aura espera que a alavancagem permaneça abaixo de 1,5x dívida líquida/Ebitda (resultado operacional) em seu pico, visto que as minas Almas e Borborema impulsionarão o Ebitda da empresa.
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Três pilares sustentam a Aura Minerals
De acordo com a administração, a gestão da Aura tem trabalhado em três pilares principais para desbloquear valor. São eles:
- crescimento da produção com execução de projetos. A Aura está focada na entrega de seus próximos projetos de crescimento, nomeadamente Borborema (ROE estimado de 52%) e Matupá (ROE estimado de 50%), o que permitiria à Aura aumentar sua produção para 450 kGEO até o ano de 25;
- crescimento do ouro e do cobre descobertos. A Aura continua a realizar trabalhos de perfuração e exploração para melhorar a vida útil da mina. Na verdade, a empresa quer aumentar os seus investimentos em exploração, de um total de US$ 9,1 milhões em 2017-20 para US$ 25 milhões de dólares em 2023;
- aumento do múltiplo de avaliação. De acordo com a Aura, nomes de ouro de médio e grande porte são negociados a múltiplos de 40% a 80% mais altos do que os produtores menores. Portanto, o CEO, Rodrigo Barbosa, acredita que a entrega de projetos de crescimento e potenciais fusões e aquisições poderia se traduzir em uma reavaliação da Aura.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para as BDRs da Aura, com preço-alvo de R$ 50, potencial de disparada de 50% ante o último fechamento.