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Mineradora de Ethereum redireciona poder computacional para pesquisa sobre o coronavírus

24 mar 2020, 11:40 - atualizado em 24 out 2020, 21:55
No sistema da Folding@Home (“enovelando — proteínas — em casa”), o aumento de poder computacional dedicado à rede tem a capacidade de acelerar o processo de coleta de dados, o que poderia impactar o período de tempo para encontrar um método viável (Imagem: Twitter/CoreWeave)

CoreWeave, uma mineradora de Ethereum nos EUA, redirecionou seus recursos de mineração em GPU (unidades de processamento gráfico) para um projeto de pesquisa da Universidade de Stanford que está estudando sobre o coronavírus, de acordo com a CoinDesk.

O projeto, chamado Folding@Home, usa poder computacional doado (parecido com os que mineradores usam para operar uma rede pública de blockchain) para estudar proteínas virais como o coronavírus e, possivelmente, “criar terapêuticas para interrompê-las”.

Foi noticiado que a CoreWeave está deixando de ganhar 28 ETH (cerca de US$ 3,8 mil) por dia para apoiar a iniciativa de pesquisa.

Encontrar uma solução de longo prazo para uma infecção viral depende da abordagem antecipada de pesquisa e recursos disponíveis.

No sistema da Folding@Home, o aumento de poder computacional dedicado à rede tem a capacidade de acelerar o processo de coleta de dados, o que poderia impactar o período de tempo para encontrar um método viável.

Porém, é importante destacar que esse período pode ser longo e pode não produzir um resultado a curto prazo.

Apesar de CoreWeave afirmar ser a maior mineradora de Ethereum nos EUA, a mudança de prioridades da empresa não parece ter tido impacto na taxa de hashes (velocidade de operação de dispositivos de mineração) da Ethereum, que aumentou 19% no último ano.