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Mineradora de Bitcoin diz que mais regulamentação é necessária

12 jan 2021, 14:00 - atualizado em 12 jan 2021, 14:00
Nos Estados Unidos, muitas empresas de investimento pediram autorização para criar ETFs que rastreiam criptomoedas (Imagem: Unsplash/@ewankennedy19)

Os ganhos astronômicos do Bitcoin atraem cada vez mais a atenção de reguladores para as criptomoedas. Para o cofundador de uma empresa de mineração do setor, isso é positivo para moedas digitais.

Peter Wall, CEO da Argo Blockchain, cuja ação subiu 1.400% no último ano, disse que vê o Bitcoin “movendo-se em uma direção” com o maior interesse no setor e chegada de investidores institucionais. Isso naturalmente virá com mais atenção regulatória, disse.

“Como em qualquer setor, haverá uma dança com os reguladores, um ‘puxa-empurra’”, disse Wall em entrevista à Bloomberg TV. “Achamos que algumas proteções são boas.”

O ambiente regulatório para criptomoedas ainda está em estágio inicial, mas muitos analistas dizem que as regras se desenvolverão à medida que o setor se tornar mais popular. A agência regulatória do Reino Unido recentemente proibiu a venda de criptoderivativos para investidores de varejo e alertou compradores sobre o risco de perderem todo o dinheiro.

Nos Estados Unidos, muitas empresas de investimento pediram autorização para criar ETFs que rastreiam criptomoedas, mas foram barradas pela SEC. No mês passado, a VanEck Associates deu início a uma nova campanha para lançar um ETF de rastreamento de Bitcoins.

Com tantos investidores querendo formas de negociar criptomoedas e poucos produtos financeiros disponíveis, ações de empresas de mineração de criptomoedas estão em alta.

No período de um mês, a Argo passou de uma empresa com valor de mercado de cerca de 25 milhões de libras (US$ 34 milhões) para mais de 300 milhões de libras.

A empresa, que ‘extrai’ criptomoedas usando computadores de alta potência para resolver problemas complexos, opera data centers na América do Norte, incluindo uma instalação no norte de Quebec.

Os preços do Bitcoin mais que dobraram desde o início de novembro, chegando a quase US$ 42.000 em 8 de janeiro.

Os que apostam no Bitcoin argumentam que essa alta terminará de forma diferente de 2017, quando o preço da moeda digital despencou porque os investidores na época eram principalmente de varejo.

Mais instituições e investidores de peso, como Paul Tudor Jones, Scott Minerd e Stan Druckenmiller, começaram a alocar fundos no Bitcoin ou disseram que estão abertos a fazê-lo.

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Os preços do Bitcoin mais que dobraram desde o início de novembro, chegando a quase US$ 42.000 em 8 de janeiro (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Wall disse que os planos de bancos centrais de introduzir suas próprias versões de moedas digitais também devem beneficiar o setor, em vez de prejudicá-lo.

Isso irá “estimular mais inovações neste espaço, não apenas para os países, mas para as criptomoedas em geral”, disse. Mas “serão diferentes porque serão centralizadas. Serão autorizadas apenas por governos, enquanto algo como o Bitcoin é por natureza descentralizado. É mundial.”

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