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Mineradora cripto listada na Nasdaq compra US$ 150 milhões em bitcoin como parte de estratégia

25 jan 2021, 11:29 - atualizado em 25 jan 2021, 11:29
Em termos de bitcoins, a taxa de hashes atualizada poderá ajudar a Marathon a produzir entre 55 a 60 bitcoins por dia (Imagem: Unsplash/Executium)

Nesta segunda-feira (25), Marathon Patent Group, empresa listada na Nasdaq (MARA), anunciou ter adquirido 4.813 BTC por US$ 150 milhões.

O investimento faz parte dos fundos de tesouraria da empresa, segundo Merrick Okamoto, CEO da Marathon. Essa é a primeira vez que a empresa, envolvida na mineração de bitcoin, adquire a criptomoeda pelo mercado.

“Ao alavancarmos nosso dinheiro físico para investir em bitcoin agora, transformamos nosso potencial de puro investimento em realidade”, disse Okamoto.

“Também acreditamos que obter parte de nossas reservas de tesouro em bitcoin será uma estratégia melhor de longo prazo do que obter dólares americanos, parecido com o pensamento inovador de outras empresas como a MicroStrategy.”

A ação da Marathon disparou 892% em 2020; a da MicroStrategy, 166% — em comparação ao ganho de 300% do bitcoin durante o ano.

Este mês, a Marathon arrecadou US$ 250 milhões em uma rodada de investimento.

Quando perguntado se esses fundos foram utilizados para comprar os bitcoins, Okamoto contou ao The Block que a empresa tinha US$ 425 milhões em dinheiro antes da arrecadação, utilizado para comprar o bitcoin.

A empresa de serviços financeiros cripto NYDIG ajudou a realizar a transação. A aquisição foi completada em 21 de janeiro, em que cada bitcoin foi comprado a US$ 31.135.

A ordem foi finalizada “em apenas algumas horas”, desde a ideia à execução, segundo a NYDIG.

No mês passado, a empresa também ajudou a grande seguradora MassMutual a comprar bitcoin por US$ 100 milhões. Na época, a seguradora adquiriu uma participação minoritária de US$ 5 milhões na NYDIG.

Em relação à Marathon, a empresa minera bitcoin desde o fim de 2017. Hoje, possui 2,5 mil máquinas de mineração de bitcoin em produção, atualmente produzindo entre 1,5 a 2 bitcoins por dia, contou Okamoto ao The Block.

Para expandir suas operações, a Marathon adquiriu 100.500 unidades do modelo S19 da Antminer por US$ 270 milhões. “Essas unidades serão enviadas esta semana”, afirmou Okamoto.

“Quando completamente implementadas e instaladas, a capacidade total de taxa de hashes da empresa irá ultrapassar 10.34 exahashes [atualmente, em 256 petahashes], o que poderá tornar a Marathon na maior mineradora de bitcoins do mundo.”

Em termos de bitcoins, a taxa de hashes atualizada poderá ajudar a Marathon a produzir entre 55 a 60 bitcoins por dia, afirmou Okamoto.

Marathon acredita que está “bem posicionada para o sucesso a longo prazo” desde ter formado uma parceria com a Beowulf Energy para obter eletricidade mais barata para suas fazendas de mineração de bitcoin.

“Grande parte das mineradores de bitcoin usam um modelo de hospedagem para suas operações. O custo comum para esse acordo de hospedagem está na faixa dos US$ 0,05 para US$ 0,06 por kWh”, explicou Okamoto.

Por outro lado, a parceria com Beowulf ajudará a Marathon a diminuir o custo para US$ 0,028 por kWh, além de diminuir o custo para minerar cada bitcoin de US$ 7,7 mil para US$ 4,4 mil.

1 BTC está sendo negociado a US$ 34,6 mil. Quando perguntado se a Marathon irá investir mais em bitcoin, Okamoto disse que isso “ainda será determinado”.