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Mineradora BHP reavalia papel em quatro associações em guinada sustentável

12 dez 2019, 7:25 - atualizado em 12 dez 2019, 7:25
Minério de Ferro Commodities
A maior mineradora do mundo vê possíveis conflitos com associações dos EUA, Canadá e Austrália (Imagem: Reuters/Muyu Xu)

A mineradora BHP vai avaliar sua participação contínua em quatro associações do setor nos Estados Unidos, Canadá e Austrália após identificar diferenças nas políticas de energia e mudança climática – um importante foco de preocupação para alguns investidores.

A maior mineradora do mundo vê possíveis conflitos com a Câmara de Comércio dos EUA, com a Associação de Mineração do Canadá, com o Instituto Americano do Petróleo e com o Conselho de Minerais de Nova Gales do Sul, na Austrália, disse a BHP na quinta-feira em comunicado.

A BHP decidirá sobre sua participação no grupo australiano até o fim de abril, e sobre as três instituições restantes até o fim de agosto.

“Reconhecemos que as expectativas continuam a mudar”, disse a BHP em comunicado. “Continuamos a examinar nossa abordagem geral nessa área.”

Os produtores de metais e energia, bancos e empresas de tecnologia estão sob pressão sobre a participação em associações setoriais contra o acordo climático de Paris (Imagem: Instagram da BHP Billton)

O estudo analisou as posturas sobre política climática e energética de 30 grupos, com pelo menos algumas áreas de diferença encontradas com 16 associações, disse o documento.

Os produtores de metais e energia, bancos e empresas de tecnologia estão sob pressão sobre a participação em associações setoriais que promovem políticas vistas como inconsistentes com os objetivos do acordo climático de Paris.

Em outubro, um grupo de investidores com cerca de US$ 11 trilhões em ativos sob gestão, que incluem a Aberdeen Standard Investments e a Legal & General Investment Management, pediu às maiores mineradoras que deixem qualquer grupo que defenda visões que contradigam as posições de uma empresa.

A BHP, que em julho instou o setor a fazer mais para reduzir as emissões de carbono da indústria pesada e anunciou um fundo climático de US$ 400 milhões, havia conduzido anteriormente uma revisão das associações em 2017. No ano seguinte, deixou a Associação Mundial do Carvão.

No início deste ano, a mineradora pressionou um instituto de pesquisa australiano da indústria do carvão, o Coal21, para alterar sua constituição e focar em sua função principal de pesquisar tecnologias de baixas emissões.

Mike Henry, o novo CEO da BHP que assumirá o cargo no próximo mês, é vice-presidente do Conselho de Minerais da Austrália e defendeu a participação da empresa em alguns grupos, apontando para a necessidade de concorrentes colaborarem na segurança e melhorias no armazenamento de rejeitos da mineração.