Justiça Eleitoral

Militares apresentam resultado de análise das urnas, mas Bolsonaro segura divulgação

11 out 2022, 21:00 - atualizado em 11 out 2022, 21:00
Urna Eletrônica
(Imagem: Reuters/Rodolfo Buhrer)

Na segunda-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com representantes do Ministério da Defesa para tratar sobre como foram os trabalhos dos militares durante a votação e apuração dos votos no domingo (2), primeiro turno das eleições.

Os representantes das Forças Armadas entregaram ao presidente o relatório sobre as urnas e o processo eleitoral elaborado pelos militares e, segundo a jornalista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”, Bolsonaro não autorizou a divulgação do resultado.

A jornalista informa que, de acordo com o relato de uma das pessoas presentes no encontro, ao ser informado das conclusões do trabalho – que avaliou uma amostra de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos – o presidente da República disse que os militares deveriam se esforçar mais, porque as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto.

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TSE dá três dias para partido de Bolsonaro explicar questionamento das urnas

Nesta terça-feira (11), o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, determinou que o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, apresente em até três dias as fontes dos recursos usados pela legenda que serviram para custear o relatório que contesta a segurança do sistema eleitoral.

O parecer, chamado de “Resultados da Auditoria de Conformidade do PL”, foi divulgado antes do primeiro turno das eleições e afirmava haver um “quadro de atraso” no TSE em relação a “medidas de segurança da informação”, o que geraria “vulnerabilidades relevantes”. Segundo o documento, essas falhas podem “resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro”.

No despacho dado desta terça, Gonçalves afirma que é preciso que o PL informe e comprove a fonte originária das receitas recebidas pelo partido, no exercício de 2022, que foram usadas para o custeio do relatório e “demais etapas” do processo, uma vez que já somam R$ 450 mil, conforme extratos apresentados.

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