Internacional

Milionários pedem mais impostos para arcar com pacotes de ajuda

13 jul 2020, 8:47 - atualizado em 13 jul 2020, 8:47
BlackRock
O grupo Milionários pela Humanidade — ou Millionaires for Humanity, formado por mais de 80 indivíduos, incluindo a herdeira da Walt Disney, Abigail Disney; o ex-diretor-gerente da BlackRock, Morris Pearl (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Milionários de sete países deram um recado a seus governos: “Aumentem os impostos que nós pagamos.”

O grupo Milionários pela Humanidade — ou Millionaires for Humanity, formado por mais de 80 indivíduos, incluindo a herdeira da Walt Disney, Abigail Disney; o ex-diretor-gerente da BlackRock, Morris Pearl; e o empresário Djaffar Shalchi, que nasceu no Irã e vive na Dinamarca — pede impostos maiores para os ricos para ajudar a cobrir os bilhões de dólares em novos programas governamentais exigidos pela pandemia da Covid-19.

”Hoje, nós, milionários e bilionários abaixo assinados, pedimos que nossos governos elevem impostos para pessoas como nós.

Imediatamente. Substancialmente. Permanentemente”, afirma a carta aberta. “Nós não estamos repondo as prateleiras dos supermercados ou fazendo delivery de comida de porta em porta. Mas nós temos dinheiro, muito dinheiro. Dinheiro que é urgentemente necessário agora.”

A carta, publicada logo antes da reunião do Grupo dos 20, neste fim de semana, não representa o primeiro pedido desta natureza.

Mesmo antes da pandemia abalar os orçamentos públicos, um grupo formado por aproximadamente 200 pessoas que se autodenominam Milionários Patriotas — do qual Disney e Pearl também participam — defendia um sistema tributário mais progressivo.

Na carta aberta, os Milionários pela Humanidade alertam que a pandemia pode empurrar mais milhões de pessoas para a pobreza e sobrecarregar sistemas de saúde já inadequados, que funcionam sobretudo com o trabalhado de mulheres mal remuneradas. Caridade não é a resposta.

“Os líderes governamentais precisam assumir a responsabilidade por levantar os recursos necessários e gastá-los de maneira justa”, afirmou a carta.

“Temos uma dívida enorme com as pessoas que trabalham nas linhas de frente desta batalha global. Os trabalhadores mais essenciais são absurdamente mal pagos pelo ônus que carregam.”