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Milho: USDA volta suas atenções para América do Sul, com preocupações no RS, vê Hedgepoint

05 jun 2024, 10:00 - atualizado em 04 jun 2024, 17:51
milho usda soja
Em relação a soja, o cenário aponta para um incremente de 8% na oferta total dos EUA; danos nos silos do RS preocupam agentes (Imagem: Pixabay/Kathas_Fotos)

Segundo a Hedgepoint Global Markets, as atenções do mercado do milho estão voltadas para a safra da América do Sul, após atualizações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para os dados dos Estados Unidos.

No país, os últimos dados do USDA apontam para uma manutenção da tendência dos últimos 5 anos de apresentar uma primeira estimativa bastante otimista para produtividade, com recorde de 181 bushels por acre.

Ainda assim, os dados apontam para cenário semelhante ao da safra anterior, com uma oferta total de 429,5 milhões de toneladas (avanço de 1%), níveis de exportação semelhantes, consumo doméstico e ração quase inalterados e um nível semelhante de estoques finais.

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A história do milho agora se concentra na América do Sul, com os diferentes problemas climáticos e o grande ponto de interrogação sobre as safras finais da Argentina e do Brasil”, observa Ignacio Espinola, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint.

Além disso, segundo o analista, há comentários no mercado de que alguns silos de grãos do Rio Grande do Sul foram afetados. “Um aumento do teor de umidade para quase 30% (o teor máximo de umidade para exportação é de 14%), pode assustar potenciais compradores ou aumentar o preço FOB (Free On Board), devido ao uso de secadores”, completa.

Nos EUA, as chuvas recentes ajudaram as lavouras, e não há área sob seca ou estiagem. Entretanto, espera-se que a maioria dos estados produtores receba chuvas abaixo da média, juntamente com um verão mais quente, o que pode ajudar no trabalho de plantio, mas também pode deixar o solo seco para a fase de desenvolvimento das culturas. “Para o milho, o USDA parece continuar superestimando os números, mantendo uma visão muito otimista”, conclui.

USDA aponta para elevados volumes de soja nos EUA

Para a Hedgepoint Global Markets, as últimas semanas que foram extremamente importantes para as safras de soja e milho dos EUA.

“O mercado climático ainda está desempenhando um papel fundamental no mercado e a China começando a desempenhar um papel fundamental no mercado físico, espera-se um mercado ativo para junho. ”, diz Ignacio Espinola, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint.

Os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam para um incremento de 8% na oferta de soja dos EUA no ciclo 24/25 na comparação com 23/24, em 130,8 milhões de toneladas. “Em conclusão, o USDA parece ter números e expectativas estáveis para a soja, em linha com o mercado em termos de números”, comenta.

Segundo Ignacio, “por um lado, o Real mais baixo e um nível forte para os futuros de soja na CBOT reduziram a competitividade dos EUA em relação aos concorrentes no Brasil. Além disso, o fato da China comprar mais produtos de origem brasileira e reduzir suas compras dos EUA deve pressionar Chicago a ajustar os preços.”.

O gráfico abaixo mostra o ritmo das exportações de soja dos EUA. Está claro que o ritmo atual está aquém das estimativas do USDA, bem como atrás da safra 22/23.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
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