Milho sobe 1,4% e tem maior nível em 7 anos e meio em Chicago; soja e trigo caem
Os contratos futuros do milho negociados em Chicago avançaram 1,4% nesta quarta-feira, atingindo uma máxima de sete anos e meio, com o mercado focado nas perspectivas de oferta global apertada após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) reduzir suas estimativas de produção para os EUA, Brasil e Argentina.
“O número publicado ontem para o milho foi um divisor de águas”, disse Dan Smith, gerente sênior de riscos da Top Third Ag Marketing.
Já os futuros da soja e do trigo na bolsa de Chicago recuaram, em meio a realizações de lucros, após alcançarem os maiores patamares em seis anos e meio.
O contrato março do milho fechou em alta de 7,25 centavos de dólar, a 5,2450 dólares por bushel. O vencimento mais ativo teve pico de 5,4150 dólares, mais alto nível desde 28 de junho de 2013, durante o “overnight”.
“Os aparentemente intermináveis cortes do USDA para as ofertas de grãos e oleaginosas dos EUA continuaram neste mês, e com os estoques de soja e milho particularmente baixos, parece apenas uma questão de tempo antes que os cortes passem para o front da demanda”, disse o Rabobank em nota.
O USDA revisou para baixo sua estimativa para a produção de milho dos EUA em 2020/21, a um nível abaixo das expectativas do mercado, e reduziu seu panorama para os estoques finais do cereal.
A soja para março recuou 12 centavos, para 14,0625 dólares/bushel, maior queda diária desde 8 de dezembro. O vencimento março do trigo cedeu 4,50 centavos, a 6,6050 dólares o bushel.