Milho recua até R$ 10 sob desaceleração das indústrias e das 1ªs colheitas em janeiro
O mercado do milho se acalmou, saiu das altas vistas em outubro e está enfrentando a redução gradual das compras dos grandes consumidores. E até por isso a oferta está mais fluída.
O preço base porto perdeu cerca de 10% este mês e está hoje entre R$ 60 a R$ 71 a saca, o disponível no mercado cerealista de Campinas caiu dos R$ 85 para os R$ 79, e no Sul, onde o balanço de oferta e demanda é muito espremido pela presença da cadeia granjeira de aves e suínos, as cotações também recuaram até R$ 10.
Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, registrou a saca em R$ 80 nas praças gaúchas, com mínimas de R$ 78.
“As indústrias de rações estão desacelerando as aquisições e em mais duas semanas devem paralisar as operações para férias coletivas e manutenção”, explica.
Enquanto isso, em janeiro começa a entrar os primeiros milhos de verão, apesar de quebra em muitas regiões.
O Rio Grande do Sul, por exemplo, segundo o analista, deverá dar 4 milhões de toneladas, com perda de 1,5 milhão/t, pela falta de chuvas.
E esse panorama de volume menor no cereal de 1ª safra, estimado em 22/23 milhões/t, deixando o primeiro semestre de 2021 com oferta bem ajustada frente à demanda que deve seguir aquecida, devolverá o fôlego de alta.