Milho necessita de chuvas com urgência na Argentina, diz Bolsa de Rosario
O milho 2020/21 da Argentina precisa receber chuvas de maneira urgente para que sejam evitadas quedas de produtividade na principal região agrícola do país, onde 65% da área plantada sofre com uma grave seca, disse nesta sexta-feira um relatório da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR).
A Argentina é a terceira maior exportadora de milho do mundo, e a BCR estimou a safra do cereal na atual temporada em 48 milhões de toneladas.
Apesar disso, a entidade explicou que na região agrícola central do país, 75% dos cultivos estão em etapas iniciais de desenvolvimento, importantes para a determinação das produtividades, com “solos que já não contam com reservas suficientes para que os grãos atinjam um enchimento bem sucedido”.
“As chuvas nas próximas semanas serão cruciais para esses cultivos”, acrescentou a bolsa.
Janeiro, pleno verão no Hemisfério Sul, costuma ser um mês com poucas precipitações e altas temperaturas na Argentina. No entanto, uma versão moderada do fenômeno climático La Niña fez com que as chuvas ficassem abaixo do normal nas principais áreas agrícolas do país.
As condições de seca na Argentina são um dos fatores que impulsionaram, nos últimos dias, os preços dos contratos futuros do milho na bolsa de Chicago, que atingiram os mais altos níveis dos últimos anos.