Exportações

Milho mais que dobra embarques e dispara na B3 por concorrentes do Brasil na China

25 nov 2019, 9:26 - atualizado em 25 nov 2019, 9:37
Porco
Apetite por milho brasileiro no exterior para alimentar animais exportações para a China disparou em 2019 (Imagem: REUTERS/Kacper Pempel)

Quando se pensava, lá no primeiro trimestre, que a peste suína africana (PSA) tiraria os chineses das compras de grãos, com menos porcos para alimentar, nada disso aconteceu. E, no caso do milho, melhor ainda para os exportadores brasileiros: eles ajudaram a dar de comer também aos plantéis do mundo inteiro que passaram a exportar à China.

Consequência vista na última sexta por o País alimentar também os concorrentes de suínos e aves brasileiros: a saca para janeiro esteve em R$ 48,00 (R$ 31,00 em janeiro passado) na referência Campinas que norteia os futuros na B3.

Há muito que o Brasil não vivia um momento exportador do cereal como este ano. O crescimento de janeiro a outubro foi de 122% contra os mesmos meses de 2018. Até o mês passado, os embarques somaram 34,7 milhões de toneladas e o resultado monetário praticamente encostou nos US$ 6 bilhões, de acordo com dados da Secex.

Naturalmente que se o Brasil não tivesse chegado a 100 milhões de toneladas de produção de milho – recorde na soma das suas safras de 18/19, a de verão e a de inverno, a mais poderosa –, a marca histórica de exportações talvez não fosse atingida.

O milho para exportação também sofre muita concorrência interna, mas ainda neste ano diante de tantas granjas de suínos, aves e um pouco de bovinos (a dieta de ração de boi tem menor participação de milho) precisando engordar animais rumo à China.

Embora muitos grandes compradores entraram mais confortáveis de estoques, prevendo a situação se agravando na China e a necessidade de aumento das compras de proteína de todo o mundo, os preços vão salgar mais.

E vai para no preço da carne também.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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