Agronegócio

Milho: leilão da Conab para oxigenar oferta a pequenos compradores pode esbarrar na exigência à vista

02 dez 2019, 15:45 - atualizado em 02 dez 2019, 15:59
Ajuste de oferta aperta produtores de proteína animal e governo tentará oxigenar o setor com leilão  (Imagem: REUTERS/Joshua Lott)

Demanda em alta e vendedores retraídos esperando mais preços têm provocado baixas para os criadores e fábricas de rações que precisam do milho. E a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tentará desafogar esse gargalo, colocando em leilão 52 mil toneladas do cereal na quinta-feira (5).

Os preços mínimos serão anunciados amanhã ou quarta e se os grandes compradores não entrarem pesado poderá ajudar muitas granjas de suínos e aves, além de pecuaristas e produtores de caprinos, ovinos e peixes.

Como o leilão exigirá pagamento à vista, pode complicar um pouco para os pequenos produtores de animais de corte e misturadores de ração.

Segundo consta, por várias fontes do mercado, as indústrias de rações e cooperativas, que normalmente se abastecem nesta época do ano, entraram no período mais confortáveis pela antecipação das compras. Espécie de antídoto com as altas previstas pela demanda dos exportadores mundiais de carnes de suínos, aves e boi para satisfazer as necessidades crescentes da China desde o primeiro semestre.

No mercado físico, as cotações subiram mais de 14% na maioria das praças em novembro, inclusive acima dos preços praticados nos portos, de acordo com o levantamento do Cepea/Esalq. Na região de Campinas (SP), praça referência na B3, fechou a R$ 47,88/saca de 60 kg na sexta-feira (20) altas de 3,1% na semana e de 14,1% no acumulado de novembro

Em Chicago, os futuros na CBOT caíram 4,5% também em novembro, mesmo após a forte alta da sexta, de mais de 8%, mas sobre patamares considerados elevados desde outubro.

O leilão da Conab será para retirada do milho a partir de 2 de janeiro, após liberação da nota fiscal, nos armazéns mato-grossenses de Sinop, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Tapurah e Sapezal. Em Pelotas, no Rio Grande do Sul, pouco mais de 2 mil toneladas.

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