Milho: indústrias não acreditam em meta de exportações e aguardam as sobras
As indústrias brasileiras compradoras de milho tiraram o pé das compras e começam a manobrar seus estoques até que o cereal sobre nas mãos dos produtores e os preços caiam.
Os grandes consumidores, tais como o setor de rações, não estão acreditando mais na meta de exportações em 2020, entre 34 e 35 milhões de toneladas.
Se se concretizar, o que para o analista Vlamir Brandalizze tem uma grande chance de acontecer, de janeiro em diante haverá um alívio nos custos da comida de aves, suínos e bovinos por mais oferta.
Até agora, o Brasil exportou 26,9 milhões/t.
“Somente os pequenos granjeiros estão comprando alguma coisa”, diz o CEO da Brandalizze Consulting. Estão pagando entre R$ 85 e 90 a saca.
Sem negócios novos fluindo com o exterior, apenas o cumprimento dos contratos, e os importadores preferindo buscar milho nos Estados Unidos, onde a safra vai sendo finalizada.
O analista observa que com o grão a R$ 70 a R$ 72 FOB nos portos os vendedores brasileiros recuaram. Querem mais, porém fica mais caro para os importadores que aproveitam a oferta americana mais barata.