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Milho: Exportações do Brasil devem superar embarques dos EUA em 2023; o que muda?

10 jul 2023, 13:09 - atualizado em 10 jul 2023, 13:09
Stonex milho exportações
O maior volume produzido pelo Brasil pode resultar em queda no contrato do milho negociado na Bolsa de Chicago; entenda (Imagem: REUTERS/Daniel Acker/Archivo)

Na visão da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil pode ocupar a liderança mundial nas exportações de milho em 2023, com um total de 50 milhões de toneladas. 

Os Estados Unidos, que normalmente ocupam o posto de principal exportador global, devem atingir a marca de 48,897 milhões de toneladas exportadas segundo o Departamento de Agricultura do país (USDA).

Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, é preciso acompanhar a valorização do real frente ao dólar como forma de prever a lucratividade da atividade durante 2023. 

“Estamos vivendo um processo de valorização da nossa moeda internacionalmente. Isso deixa o nosso produto mais barato, mas pode afetar a lucratividade dos produtores locais. Esse desafio deve ser pensado, principalmente quando consideramos a capacidade de produção do nosso país”, disse.

O que muda para o milho?

De acordo com Paulo Molinari, consultor sênior de milho na Safras & Mercado, o maior volume exportado pelo Brasil na comparação com os Estados Unidos deve implicar em mudanças na oferta, demanda e preços.

“Temos visto quebras na Argentina para safra atual, além de uma menor exportação de grãos pela Ucrânia, o que já favorece os Estados Unidos e o Brasil. Dessa forma, devemos ver muitos países preferindo comprar grãos do Brasil, o que não é bom para os EUA e deve implicar em baixas do grão na CBOT”, diz Molinari.

Na visão do consultor, o Brasil precisa expandir sua capacidade interna para armazenagem do milho, já que o crescimento produtivo não acompanha o avanço dos armazéns.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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