Milho e soja caem devido à boa oferta; trigo também recua
Os preços futuros do milho e da soja nos Estados Unidos caíram nesta segunda-feira (14) depois que o governo norte-americano reiterou sua previsão de safra abundante, e com a melhora das chuvas no Brasil diminuindo preocupações de que um início seco da temporada de plantio prejudicará as perspectivas de colheita.
Os futuros do trigo caíram com a valorização do dólar e depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aumentou sua perspectiva para a oferta global de trigo em um relatório mensal na sexta-feira.
Os mercados de milho e soja permaneceram ancorados pelo clima favorável em geral para a colheita na região do Meio-Oeste dos EUA e por uma mudança para um clima mais úmido nas principais áreas de produção da América do Sul.
“O governo está nos dizendo que a produtividade do milho (dos EUA) é maior, e não menor. E as safras de soja não são tão pequenas quanto pensávamos, dado o clima que tivemos em agosto e setembro”, disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.
“O outro tema é que o Brasil, nosso grande concorrente em milho e soja, tem uma mudança no padrão climático para o plantio”, acrescentou.
O plantio de soja no Brasil atingiu 8,2% da área esperada até a última quinta-feira, ante 17% no mesmo período do ano passado, de acordo com a AgRural.
A soja de novembro na bolsa de Chicago atingiu o menor nível em um mês e terminou em queda de 9,50 centavos, para 9,96 dólares o bushel. O milho de dezembro caiu 7,50 centavos, para 4,0825 dólares o bushel, o patamar mais baixo em três semanas.
O trigo de dezembro da CBOT fechou em queda de 13,75 centavos, para 5,8525 dólares o bushel, pressionado por vendas técnicas e apesar da incerteza em torno dos suprimentos do Mar Negro.