Milhares vão às ruas de Mianmar após dia mais sangrento desde golpe
Forças de segurança de Mianmar mataram três pessoas em Yangon, a principal cidade do país, nesta segunda-feira, relataram testemunhas e a mídia, e ativistas conclamaram forças étnicas minoritárias da nação diversificada a apoiarem sua campanha contra o comando militar.
Após o sábado, dia mais sangrento desde o golpe militar de 1º de fevereiro com suas 114 mortes, milhares de pessoas foram às ruas em cidades pequenas, determinadas a mostrar sua oposição à recaída em um governo militar após uma década de reforma democrática.
Um homem foi morto e vários ficaram feridos quando forças de segurança abriram fogo em um bairro de Yangon, disseram uma testemunha e a mídia.
“Ele foi baleado na cabeça”, contou Thiha Soe à Reuters. “Eles estavam atirando em tudo na rua, até em uma equipe da Cruz Vermelha. Ainda está acontecendo enquanto falo com vocês.”
A polícia e um porta-voz da junta não atenderam ligações pedindo comentários. A Cruz Vermelha de Mianmar disse em uma mensagem que está verificando o relato.
Duas pessoas foram mortas em outro bairro de Yangon quando forças de segurança avançaram para liberar barricadas de manifestantes, disse um morador.
Com base em uma contagem da Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP), 462 civis foram mortos desde o golpe.
Apesar da violência, multidões surgiram nas cidades centrais de Bago, Minhla, Khin-U, Pinlebu e Taze, em Mawlamyine, no sul, em Demoso, no leste, e em Hsipaw e Mytitkyina, no sul, segundo a mídia e postagens de redes sociais.