Internacional

Milei anuncia o primeiro superávit trimestral da Argentina desde 2008

23 abr 2024, 14:50 - atualizado em 23 abr 2024, 14:50
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Javier Milei anuncia primeiro superávit trimestral na Argentina (Imagem: Facebook/ Javier Milei)

O Javier Milei, presidente da Argentina, anunciou o primeiro superávit trimestral do país desde 2008. Nesta segunda (22), em pronunciamento à nação, Milei afirmou que o excedente fiscal financeiro foi de cerca de 275 bilhões de pesos argentinos em março.

Apesar da continuidade dos desafios econômicos na Argentina, o presidente afirmou manter a disciplina fiscal, ressaltando que o superávit marca um momento crucial na busca pela prosperidade do país.

“O superávit fiscal é a pedra angular a partir da qual estamos construindo uma nova era de prosperidade na Argentina”, disse Milei. O presidente argentino também destacou que o país registrou um superávit fiscal trimestral equivalente a 0,2% do PIB (produto interno bruto) no início do ano.

Dessa forma, o dado vem em um momento de desaceleração da inflação argentina, que reduziu 11% no mês passado, em relação à alta de 13,2% em fevereiro, quando atingiu o maior nível inflacionário desde 1991, em 276,2%.

Além disso, Milei afirmou que o superávit da Argentina foi reflexo das medidas rigorosas implementadas em sua administração.

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Medidas polêmicas implementadas por Milei

Desde que assumiu o cargo, em dezembro de 2023, o presidente implementou diversos cortes de verbas que geraram grande repercussão na mídia. Uma delas foi a redução nas transferências de dinheiro para províncias argentinas, além do corte dos gastos em obras públicas, que gerou revolta em governadores.

O governo de Milei também adotou medidas de cortes de custos enquanto as taxas de inflação aumentavam, permitindo que o acumulado anual de quase 300% afetasse os gastos públicos com salários e pensões.

Além disso, o presidente argentino promoveu reformas de desvalorização da moeda, reestruturação dos ministérios do governo, desregulamentação dos preços e redução gradual dos subsídios à energia e transporte.

Em seu primeiro decreto, Javier Milei reduziu o número de ministérios pela metade, acabando com os seguintes Ministérios:

  • Educação;
  • Trabalho;
  • Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
  • Cultura;
  • Mulheres, Gênero e Diversidade;
  • Turismo;
  • Esporte;
  • Desenvolvimento Territorial e Habitacional.

Por fim, em fevereiro deste ano, Milei fechou o instituto contra a discriminação, xenofobia e racismo. De acordo com o porta-voz Manuel Adorni, “foi tomada a decisão de avançar com o desmantelamento de institutos que não servem absolutamente para nada, como o Inadi”.

O Inadi foi criado em 1955 pela Lei de Atos Discriminatórios, sendo um órgão descentralizado do governo, ligado ao Ministério da Justiça e Direitos Humanos. Dessa forma, o instituto visava combater “toda forma de discriminação, xenofobia e racismo”.