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Microsoft vai investir em Bitcoin (BTC)? Se depender dos acionistas, a respostas é ‘não’

11 dez 2024, 11:16 - atualizado em 11 dez 2024, 14:56
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O conselho da Microsoft recomendou que os acionistas rejeitassem a proposta de criar uma reserva em Bitcoin. (Imagem: REUTERS/Gonzalo Fuentes)

As criptomoedas estão em seu melhor momento, mas nem todo mundo está interessado nisso. Na terça-feira (10), durante sua reunião anual, os acionistas da Microsoft votaram contra uma proposta para a empresa de tecnologia criar uma reserva estratégica de Bitcoin (BTC).

A recomendação feita pelo Centro Nacional de Pesquisa em Políticas Públicas (NCPPR, na sigla em inglês) sugeria que a Microsoft considerasse diversificar de 1% a 5% dos lucros na moeda digital como uma potencial proteção contra a inflação.

As informações mais recentes são de que a Microsoft detém US$ 78,4 bilhões em dinheiro e títulos negociáveis ​​em seu balanço.

O NCPPR chegou a apresentar um vídeo durante a reunião afirmando que “a Microsoft não pode se dar ao luxo de perder a próxima onda tecnológica, e o Bitcoin é essa onda”. A apresentação ainda destacava que a adoção institucional e corporativa das criptomoedas está se tornando cada vez mais comum, tanto que segundo maior acionista da Microsoft, a BlackRock, oferece aos seus clientes um ETF de Bitcoin.

A rejeição à proposta não é uma surpresa. No final de outubro, o conselho da big tech recomendou que os acionistas rejeitassem a proposta, com o argumento de que a Microsoft já “considera cuidadosamente este tópico”.

“Como a própria proposta observa, a volatilidade é um fator a ser considerado na avaliação de investimentos em criptomoedas para aplicações de tesouraria corporativa que exigem investimentos estáveis ​​e previsíveis para garantir liquidez e financiamento operacional. A Microsoft tem processos fortes e apropriados em vigor para gerenciar e diversificar sua tesouraria corporativa para o benefício de longo prazo dos acionistas e esta avaliação pública solicitada é injustificada”, disse a empresa na época.

Até Michael Saylor, cofundador da MicroStrategy — cuja empresa detém US$ 42 bilhões em Bitcoin —, tentou reverter a situação. Durante a reunião, ele também fez uma apresentação apontando que a Microsoft havia perdido US$ 200 bilhões em capital nos últimos cinco anos ao emitir dividendos e recomprar ações em vez de comprar Bitcoin.

Segundo ele, a Microsoft poderia alcançar até US$ 584 por ação e criar quase US$ 5 trilhões em valor para os acionistas até 2034 por meio estratégias de investimentos dentro do mercado de criptos.

No início da semana, o NCPPR também enviou a mesma proposta de comprar Bitcoins para a Amazon, que também deve deixar a decisão para os acionistas.

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Bitcoin avança nesta quarta-feira (11)

Nesta quarta-feira (11), o Bitcoin avança 0,8% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko, cotado a US$ 98.835, na tentativa de voltar para o patamar dos US$ 100 mil.



Vale lembrar que no dia 5 de dezembro, a maior criptomoeda do mundo, atingiu o valor recorde de US$ 103.679. Apesar de estar 4,9% abaixo do valor da semana passada, a moeda digital acumula uma valorização de 134% no ano.

O mercado de criptos segue um movimento de alta ainda impulsionado pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. As expectativas são de que o novo governo seja mais pró-mercado que o de Joe Biden, que estava promovendo a regulamentação do setor.

O Ethereum (ETH) segue o mesmo ritmo do Bitcoin, subindo 0,5% em 24 horas e cotado a US$ 3.736 — abaixo do pico de US$ 4.067, registrado no dia 6 de dezembro.

*Com informações do Coindesk, Decrypt e Bloomberg

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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