Microsoft (MSFT) cobrirá as despesas para funcionários que buscam serviços de aborto; Amazon e Tesla têm políticas semelhantes
A Microsoft (MSFT) se juntou ao crescente número de empresas que se comprometem a ajudar funcionários a viajar para ter acesso ao aborto e à saúde de afirmação de gênero, informaram a Reuters e a Bloomberg nesta terça-feira (10).
A empresa disse em comunicado à Reuters e à Bloomberg que “apoiará os funcionários e seus dependentes inscritos no acesso a cuidados de saúde críticos – que já incluem serviços como aborto e cuidados de afirmação de gênero – independentemente de onde morem nos EUA”.
“Esse suporte está sendo estendido para incluir assistência a despesas de viagem para esses e outros serviços médicos onde o acesso aos cuidados é limitado em disponibilidade na região geográfica de origem de um funcionário”, acrescentou a gigante fundada por Bill Gates.
A legislação nos EUA
Essa iniciativa ocorre depois do vazamento de um rascunho de parecer da Suprema Corte dos Estados Unidos, hoje com tendências conservadoras, ter revelado, na semana passada, que o tribunal poderia estar prestes a derrubar a histórica decisão Roe vs. Wade, de 1973, que concedeu às mulheres norte-americanas o direito ao aborto.
Se a decisão de Roe for derrubada, 23 estados têm leis que podem proibir ou limitar severamente o acesso ao procedimento.
Um exemplo é no Estado do Texas que tem uma das leis de aborto mais rígidas do país e proíbe o procedimento após seis semanas de gravidez. Um estudo recente descobriu que cerca de 1.400 mulheres viajavam para fora do Estado para fazer abortos mensalmente, de acordo com a BBC News.
Além da Microsoft
Na semana passada, a Amazon (AMZN) comunicou à sua equipe que vai reembolsar colaboradores nos Estados Unidos que precisarem viajar para realizar uma ampla variedade de tratamentos médicos, incluindo funcionárias que pretendam fazer abortos.
Somam-se a esse movimento outras companhias como Yelp e Citigroup (CTGP34) que disseram recentemente que vão reembolsar as funcionárias que viajarem para contornar as restrições locais ao aborto.
Além deles, gigantes do setor financeiro como Goldman Sachs Group Inc (GS) e JPMorgan Chase & Co (JPMC34) discutem estender benefícios pagos para cobrir viagens para aborto, nos EUA.
A lista ainda tem nomes como Apple (AAPL), Tesla (TSLA), Uber (UBER), Dell (D1EL34), Salesforce (CRM), Levi’s e outras empresas que anunciaram alguma iniciativa em resposta às reversões dos direitos reprodutivos.
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