Microsoft (MSFT): A estrela no balanço da Big Tech que explica o salto da ação; para Itaú BBA, ‘o céu é o limite’
A Microsoft (MSFT;MSFT34) teve uma recepção calorosa dos mercados, após divulgação do balanço corporativo do primeiro trimestre de 2023. O papel da big tech subiu 7,5% na Bolsa de Nova York e ajuda o Nasdaq a ter um ganho de 0,50% nesta quarta-feira (26).
Os analistas que acompanharam a apresentação da Microsoft rasgaram elogios à companhia. Segundo a repercussão do noticiário financeiro, a big tech está com a ‘faca entre os dentes’ para dominar dois mercados-chave do setor de tecnologia: computação em nuvem e pesquisa.
O primeiro deles foi, a propósito, o grande destaque dos resultados exibidos ontem e respondem pelo rali da ação.
A linha de inteligência em nuvem, Azure, gerou uma receita de US$ 22,8 bilhões, uma alta de 16% na comparação anual. Atualmente, a linha respondeu por quase 50% de toda a receita gerada pela Microsoft, que atingiu US$ 52,9 bilhões entre janeiro e março.
Na teleconferência, os executivos da Microsoft disseram que o ciclo de otimizações do serviço de nuvem está próximo de terminar, o que representa um ponto de inflexão positivo para o carro-chefe da empresa de Bill Gates.
Como explica o Itaú BBA, “pelos últimos trimestres, investidores estavam preocupados com o Azure. Feedbacks negativos dos otimizadores e alternativas de estocagem de dados fracas indicavam que a desaceleração na linha de inteligência de nuvem tinham chegado para ficar”.
Segundo a casa de análise, essa era a única razão para estar fora da ação. “Agora, com essas preocupações sanadas, não há limite que a Microsoft não consiga alcançar, dado os avanços em IA da empresa daqui em diante”.
Microsoft coloca alvo em Google por domínio de search
Mas a Microsoft não parece que irá se contentar somente com a liderança nos serviços de computação em nuvem. O CEO Satya Nadella deixou claro que a empresa tem um novo e ambicioso alvo: as interfaces de pesquisa.
Se até agora o segmento de busca era um trunfo incontestável do Google (GOOG), o movimento de integração do ChatGPT ao Bing (o mecanismo de pesquisa da Microsoft) pode ser capaz de mudar o jogo em favor da empresa de Gates.
De acordo com os números trimestrais, houve um forte avanço de 10% da receita em busca, citando ganhos para o Bing e para o Microsoft Edge (competidor direto do Google Chrome).
Ainda de acordo com a companhia, o Bing chega a marca de 100 milhões de usuários diários ativos, enquanto o número de downloads do aplicativo móvel subiu quatro vezes desde que o ChatGPT foi acoplado ao buscador.
Enquanto isso, o Google viu a receita de busca praticamente estacionar no primeiro trimestre do ano. Em contraste com o apresentado pela Microsoft, os números corporativos da Google no trimestre trouxeram pouca inspiração para o papel nesta terça.