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Microsoft fecha parceria de US$ 1 bi em inteligência artificial

23 jul 2019, 13:25 - atualizado em 23 jul 2019, 13:25
O investimento de US$ 1 bilhão vai para o braço com fins lucrativos, a OpenAI LP, mas a parceria é entre a Microsoft e todo o grupo, segundo a OpenAI (Imagem: Akio Kon/Bloomberg)

A Microsoft vai investir US$ 1 bilhão em uma parceria com o grupo de pesquisa OpenAI, ganhando um importante cliente de computação em nuvem do campo de inteligência artificial.

A OpenAI, cofundada por Elon Musk e outros empresários endinheirados do Vale do Silício, vai usar os serviços de nuvem do sistema Azure da Microsoft para treinar e executar o software de inteligência artificial do grupo. As empresas também desenvolverão conjuntamente tecnologia de supercomputação, e a Microsoft será a principal parceira da OpenAI para comercializar suas criações, disseram as empresas em comunicado na segunda-feira.

A OpenAI foi lançada em 2015 com muita pompa. Estrelas do setor, como Musk e Peter Thiel, prometeram investir pelo menos US$ 1 bilhão na organização sem fins lucrativos para desenvolver uma inteligência artificial que pudesse se igualar ou melhorar a tecnologia desenvolvida por gigantes como Google, Facebook e Microsoft. No entanto, Musk disse que deixou o conselho da OpenAI no ano passado devido a desentendimentos sobre alguns dos planos do grupo. Mais recentemente, a OpenAI criou um braço com fins lucrativos para ajudar a captar mais recursos.

O investimento de US$ 1 bilhão vai para o braço com fins lucrativos, a OpenAI LP, mas a parceria é entre a Microsoft e todo o grupo, segundo a OpenAI.

Uma parceria com a Microsoft, que tem mais de US$ 100 bilhões em caixa, é uma solução rápida para as necessidades de financiamento da OpenAI. No entanto, o grupo era visto por membros da comunidade de inteligência artificial como um importante contrapeso para grandes corporações de tecnologia que atraíram talentos e usaram seu poder de computação e imensos bancos de dados para avançar nesse campo.

Grupos de defesa e formuladores de políticas têm questionado alguns tipos de inteligência artificial e exigem mais regulamentação para aumentar a transparência, prevenir análises tendenciosas e garantir que a tecnologia não seja usada para fins militares e outras aplicações perigosas. Essas questões provavelmente se tornarão mais prementes à medida que os pesquisadores tentarem desenvolver uma inteligência artificial que tenha mais capacidades semelhantes às humanas.

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