Michelle defende que Bolsonaro fique nos EUA por mais tempo; entenda
Em conversas reservadas, Michelle Bolsonaro tem defendido que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça mais tempo nos Estados Unidos. Para ela, que está no Brasil desde janeiro, há o risco do marido ser “alvo da Justiça” assim que retornar ao País. As informações foram reveladas pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Segundo a jornalista, a ex-primeira dama tem o receio de ver Bolsonaro atrás das grades. Hoje, o ex-presidente é alvo de diversas ações no Supremo Tribunal Federal (STF), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e na Justiça comum.
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Nos Estados Unidos desde o fim de dezembro, Bolsonaro já admitiu enxergar o risco de prisão caso retorne ao Brasil, em entrevista ao The Wall Street Journal.
Na mesma conversa, ele também disse não ter certeza se voltará a concorrer à Presidência e que vai focar mais em um papel de liderança entre os conservadores no Brasil, uma vez que o “movimento de direita não está morto”.
Bolsonaro pode ser obrigado a prestar depoimento mesmo no exterior
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse que Jair Bolsonaro pode ser obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal (PF) até mesmo no exterior. A declaração foi feita durante entrevista a jornalista na terça-feira (28).
O ex-presidente também é investigado em diferentes inquéritos em andamento na PF, entre eles o que apura ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, e o que apura seu envolvimento como um dos possíveis autores intelectuais dos atos golpistas de 8 de janeiro.
“Há uma investigação em curso, e ele é um dos investigados formalmente e, é claro, que em algum momento ele vai ter que ser ouvido”, afirmou o ministro, após participar de evento no Palácio do Planalto, em Brasília.
“Se ele não comparecer nos próximos meses, é claro que a Polícia Federal vai pedir providências. Pedir a quem? Ao Poder Judiciário, para que deflagre algum mecanismo de cooperação internacional, que é uma tendência que nós estamos defendendo. Não é algo adstrito a essa investigação”, acrescentou o ministro.
*Com informações da Agência Brasil e do jornal O Globo.