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MGLU3 e AMER3: Saiba por que dá para acreditar que 2º semestre será melhor para varejistas

22 ago 2022, 12:54 - atualizado em 22 ago 2022, 12:54
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Empresas entram no segundo semestre do ano mais confiantes com suas operações e a dinâmica do setor (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os varejistas do e-commerce Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas S.A. (AMER3) deixaram o segundo trimestre para trás.

Ambas as companhias reportaram resultados considerados fracos pelos analistas, com o Magazine Luiza apresentando seu terceiro prejuízo consecutivo e a Americanas agravando o resultado negativo a R$ 98 milhões.

Agora, as empresas entram no segundo semestre do ano mais confiantes com suas operações e a dinâmica do setor.

Em conferência do Santander (SANB11), o Magazine Luiza e a Americanas se reuniram com mais 11 empresas do varejo brasileiro e deixaram mensagens positivas sobre os próximos meses.

Isso contradiz com os dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação às vendas no varejo, que recuaram 1,4% em junho ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal.

Essa é a segunda queda consecutiva do setor, que acumula retração de 0,8% em dois meses. O resultado de junho é o pior desde dezembro do ano passado, quando o indicador caiu 2,9%.

O ICVA de julho mostrou desaceleração nas vendas, crescendo 0,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Após dispararem 20,5% em abril, as vendas foram reduzindo o ritmo, com aumentos de 6,9% em maio e 5,9% em junho.

Lojas físicas a todo o vapor

As lojas físicas têm sido destaque positivo para a Americanas no ano, beneficiando-se de um mix de produtos diversificado e baixa exposição a eletrônicos e bens duráveis. A expectativa é de que essas operações continuem trazendo bons resultados à companhia.

Em relação ao marketplace, as expectativas não ficam muito atrás, com o foco voltado a categorias de produtos de cauda longa.

“O e-commerce 1P ainda deve enfrentar um cenário mais desafiador no terceiro trimestre, já que, de acordo com a administração, ainda existe uma exposição maior a eletrônicos nesse canal, especialmente smartphones”, ressalta o Santander, em relatório publicado na última sexta-feira (19).

Sobre a fintech Ame, o aumento da receita de tarifas de serviços deve continuar impulsionando a lucratividade das operações.

A Americanas adotou um tom mais conservador em relação à Copa do Mundo e seus potenciais impactos positivos nas vendas.

Cenário mais favorável

A administração do Magazine Luiza está mais construtiva com o segundo semestre, considerando um cenário de crescimento de vendas mais favorável.

“Uma base de comparação mais fraca ano a ano, eventos como Copa do Mundo e Black Friday e o programa de auxílio do governo são, na visão da administração, os principais drivers para esse cenário mais positivo”, lista o Santander.

A administração também acredita que a acelerada de ritmo nas vendas pode levar a uma expansão da margem Ebitda, visto que o “grosso” das eficiências operacionais e dos cortes de custos aconteceu no primeiro semestre do ano.

Com vendas maiores esperadas para o terceiro e quatro trimestre, o Magazine Luiza vê espaço para melhorias adicionais de capital de giro e melhores acordos com fornecedores, já que o estoque da companhia está normalizado agora.

Para o Magazine Luiza, o marketplace segue como uma ferramenta importante para ampliar a diversificação da oferta de produtos. O varejista vê a continuidade da estratégia de oferecer aos vendedores da plataforma serviços adicionais, como logística, serviços financeiros e marketing, visando aumentar a monetização na plataforma.

O Santander tem recomendação de “outperform” para o Magazine Luiza, com preço-alvo de R$ 11.

A Americanas é “neutro” para o Santander. O preço-alvo sugerido é de R$ 35.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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