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Mexida na Petrobras respinga na Eletrobras, e privatização é descartada até 2022

23 fev 2021, 11:24 - atualizado em 23 fev 2021, 11:43
Eletrobras
Mesmo com a promessa de Bolsonaro de “meter o dedo” no setor elétrico, não deve haver gatilho suficiente para destravar valor no curto prazo (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Com a troca de comando na Petrobras (PETR3; PETR4), e a fala do presidente Jair Bolsonaro de que  a interferência na cúpula das estatais não se limitaria à substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna na presidência da petroleira, a Ativa cortou para neutra sua recomendação para as ações da Eletrobras (ELET3).

Desde a renúncia precoce do CEO Wilson Júnior, a Eletrobras já sofria com a desconfiança do mercado em relação às pressões de Brasília dentro da estatal. Para a Ativa, a promessa de Bolsonaro de “meter o dedo” no setor elétrico nos próximos dias tem efeitos limitados.

“Acreditamos que o papel não deve responder a fundamentos enquanto o cenário envolvendo sua privatização não estiver menos nebuloso, o que, até o encerramento deste ciclo eleitoral, não deverá ocorrer”, pontua o analista Ilan Arbetman, que assina o relatório a clientes.

Apesar dos bons olhos quanto à intenção do governo Bolsonaro, a corretora prevê que no curto prazo não haverá gatilho suficiente para a Eletrobras destravar valor.

Confira a seguir a recomendação da Ativa:

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo (R$) Valorização (%)
Eletrobras ELET3 Neutra 29 4,2