México se prepara para hedge de petróleo em 2020
A Secretaria de Fazenda e Crédito Público do México recebeu luz verde para fazer hedge da produção de petróleo do país em 2020, mas ainda está ajustando os detalhes, segundo pessoas com conhecimento da operação.
Um comitê interno aprovou a decisão para que o México fixe os preços do petróleo para o próximo ano, no que é considerada a maior – e mais secreta – operação anual de energia de Wall Street, de acordo com uma pessoa. A secretaria vai se reunir com o banco central para começar a definir o plano do México, disse a pessoa.
O hedge começará em breve, mas não está claro quanto será coberto e a que preço, disse outra pessoa. Tradicionalmente, o México leva alguns dias ou semanas entre decidir ir adiante com a operação de hedge e começar a implementá-la. As pessoas não quiseram ser identificadas, pois não estão autorizadas a falar publicamente sobre o assunto.
O hedge de petróleo, uma operação de bilhões de dólares que no passado normalmente cobria entre 200 milhões e 300 milhões de barris, tem potencial para sacudir o mercado. Os bancos com opções de venda para o México – contratos que conferem o direito de vender petróleo a um preço futuro pré-determinado – fazem hedge no mercado vendendo futuros e swaps.
Este ano, o processo foi um pouco mais complicado. O México planeja uma mudança na fórmula de preços do petróleo bruto Maya para refletir as reduções globais no teor de enxofre em óleo combustível que entrarão em vigor em 2020. No início de agosto, o subsecretário da Fazenda, Gabriel Yorio, sinalizou que o país poderia optar por não fazer nenhum hedge e disse que o México iria avaliar e comunicar ao público caso fosse em frente.
Em 2018, a operação de hedge começou em meados do ano. Em 2017, o México deu os primeiros passos em junho e, em 2016, iniciou efetivamente a operação também em junho. Antes disso, o período habitual para realizar operações de hedge era entre o fim de agosto e fim de setembro. No ano passado, o país gastou mais de US$ 1 bilhão para fixar os preços em 2019.