México e Canadá estão no topo da lista de Biden para receber vacinas
México e Canadá estão no topo da lista do presidente Joe Biden de países que poderiam receber exportações de vacinas contra o coronavírus fabricadas nos Estados Unidos, de acordo com uma autoridade a par dos planos.
Mas Biden e representantes do governo disseram que os EUA não compartilharão vacinas até que tenham o suficiente para os americanos e não deixaram claro o prazo para as exportações.
A vacinação nos EUA sob o controle de Biden está à frente da maioria dos países. O presidente dos EUA se concentrou em aumentar o fornecimento e locais onde os americanos podem ser vacinados. Também recusou pedidos de outros países para compartilhar o suprimento de imunizantes dos EUA, que inclui milhões de doses da vacina da AstraZeneca que ainda não foi autorizada para uso no país.
Nesta semana, o México fez seu segundo pedido para que os EUA compartilhem as doses, especificamente as vacinas estocadas da AstraZeneca.
O governo americano ainda avalia como proceder, mas o México e o Canadá estão na frente da fila para as exportações de vacinas, disse a autoridade dos EUA na quarta-feira. A pessoa pediu para não ser identificada porque a decisão não foi tomada.
Biden disse na terça-feira que está negociando com países sobre o compartilhamento de vacinas, mas não especificou quais. “Já tenho conversado com vários países. Vou informá-los muito em breve”, disse Biden.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse em 1º de março que os EUA estão focados em garantir vacinas suficientes para os americanos, mas sinalizou que a recuperação econômica da América do Norte seria prioridade no início das exportações.
“O próximo passo é a recuperação econômica, e isso significa garantir que nossos vizinhos, México e Canadá, tenham administrado a pandemia de maneira semelhante, para que possamos abrir nossas fronteiras e reconstruir melhor”, disse.
Em 12 de março, Psaki disse que os EUA receberam pedidos de vacinas de vários países que até agora foram negados.
“Neste momento, tem havido pedidos do mundo todo, claro, de uma série de países que solicitaram doses do Estados Unidos, e não fornecemos doses do governo dos EUA a ninguém”, disse.
Os EUA têm pedidos firmes de vacinas suficientes para 500 milhões de pessoas com a Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson. Também encomendou imunizantes da AstraZeneca suficientes para mais 150 milhões de pessoas, embora a empresa ainda não tenha pedido autorização da agência FDA.
Ainda assim, a AstraZeneca começou a fabricar doses da vacina nos Estados Unidos, em antecipação à possível liberação pela FDA.
A Casa Branca disse que busca garantir doses extras devido à incerteza sobre qual vacina será melhor para uso em crianças e se adultos precisarão de doses de reforço.
“Também queremos ter certeza de que temos a flexibilidade máxima, que estamos com muita oferta e bem-preparados, e com capacidade de fornecer vacinas – sejam quais forem as mais eficazes – para o povo americano”, disse Psaki em 12 de março.