Economia

México adia acordo de livre comércio com Brasil sobre veículos pesados em 3 anos

25 jun 2020, 14:53 - atualizado em 25 jun 2020, 16:21
Caminhão
A declaração do governo mexicano mencionou o coronavírus, mas não estabeleceu, explicitamente, uma relação com a pandemia  (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O início de um acordo de livre comércio entre o México e o Brasil envolvendo veículos pesados foi adiado em três anos, informou o Ministério da Economia do México nesta quinta-feira.

A declaração do governo mexicano mencionou o coronavírus, mas não estabeleceu, explicitamente, uma relação com a pandemia pelo atraso no início do acordo.

O pacto estava previsto para começar em 1º de julho de 2020, mas foi adiado para julho de 2023, informou o ministério.

O Brasil é mais competitivo em caminhões que o México, mantendo fábricas de grandes grupos no segmento como o Volkswagen, Mercedes-Benz e Volvo.

Em 2019, o Brasil produziu 113,5 mil caminhões, um crescimento de 7,5% sobre 2018, com 101,3 mil deles sendo destinados ao mercado interno. As exportações do segmento recuaram 45% em 2019, afetadas em parte pela crise na Argentina, um dos principais compradores de veículos do país.

Para este ano, a perspectiva da Anfavea é de queda de 36% nas vendas de caminhões novos no Brasil, para 65 mil unidades.