Metas da Ultrapar para 2020 não impressionam analistas e, pior, desagradam o mercado
O guidance (conjunto de metas) divulgado pela Ultrapar (UGPA3) para 2020 não impressionou a maioria dos analistas. Dois relatórios divulgados na manhã desta quarta-feira (4) mantiveram sua recomendação neutra para os papéis, e não alteraram seu preço-alvo.
A geração de caixa, medida pelo ebitda, buscada pela companhia é de R$ 3,9 bilhões – uma alta de 12,89%. Para André Hachem, que responde pela análise do Itaú BBA, o guidance já está precificado, mesmo que o ponto médio das metas esteja abaixo das suas expectativas.
A recomendação do Itaú BBA é de marketperform para os papéis, isto é, o desempenho esperado nos próximos meses é igual ao da média do mercado. O preço-alvo foi mantido em R$ 23 para o fim do ano.
Alinhados
Trata-se do mesmo valor estimado pelo Credit Suisse, em relatório de Regis Cardoso que mantém a recomendação neutra para a empresa. O analista também destaca que o ponto médio das metas coincide com suas projeções, o que reforça a avaliação de que não haverá impacto sobre o preço.
Se houver, Cardoso afirma que pode ser “ligeiramente negativo”. Entre os destaques positivos, o Credit Suisse cita os guidances da Ultragaz e da Ultracargo, que ficaram acima do esperado. Já a Extrafarma ficou aquém.
Outro número que chamou a atenção do Credit Suisse foi o das despesas previstas pela holding neste ano. Os R$ 200 milhões estimados pela Ultrapar é o dobro do projetado pelo Credit Suisse.
Se depender da reação das ações, o mercado não gostou dos números. Por volta das 13h08, as ações recuavam 1,90%, para R$ 19,60, enquanto o Ibovespa apresentava uma ligeira baixa de 0,02% e marcava 105.519 pontos.