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Metalúrgicos de São José dos Campos e região reivindicam aumento salarial de 18%

16 jul 2022, 16:22 - atualizado em 16 jul 2022, 16:22
Indústria
Neste ano, a categoria reivindica 18% de aumento salarial, além da manutenção e ampliação das cláusulas sociais de acordos e convenções coletivas (Imagem: Pixabay/gusy)

Em assembleia neste sábado, 16, os metalúrgicos de São José dos Campos e região aprovaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2022.

Neste ano, a categoria reivindica 18% de aumento salarial, além da manutenção e ampliação das cláusulas sociais de acordos e convenções coletivas.

Segundo nota, participaram da assembleia cerca de 100 metalúrgicos entre diretores, aposentados e trabalhadores de 22 fábricas. Na região, estão instaladas unidades produtivas de empresas como Embraer e General Motors (GM).

Para indicar e aprovar o índice de reajuste, os metalúrgicos consideraram a disparada da inflação e consequentes perdas salariais, além de aumento real de salário.

Em nota, eles apontaram que segundo estudo do Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese), feito para a Campanha Salarial 2022, a inflação deve continuar na casa dos dois dígitos no Brasil no período da data-base, em setembro.

No acumulado dos últimos 12 meses (julho de 2021 a junho de 2022), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) já chega a 11,92%.

Também foi apresentada a proposta de criação de um gatilho salarial que seja “disparado” toda vez que a inflação tiver alta. “O objetivo é que, mês a mês, o trabalhador receba um reajuste de salário de acordo com o INPC”, informa o sindicato.

“Seriam reajustes automáticos para parear os salários à medida que a inflação aumenta. Hoje, em cada mês, perdemos em média 10% de nosso salário. Essa bandeira do gatilho evitaria a corrosão salarial”, afirma a pesquisadora do Ilaese, Ana Paula Santana.

Conforme o sindicato, cerca de 31,5 mil metalúrgicos compõem a categoria na região. “Mesmo com a crise econômica, a maioria dos setores da base registrou alta de produtividade no último período”, diz em nota. “As empresas demitem quem tem salário mais alto e contratam, depois, pessoas com salários menores”, complementou a pesquisadora.

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