Metade dos investidores em DeFi não sabem avaliar o risco de contratos autônomos

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22 set 2020, 9:20 - atualizado em 28 out 2020, 22:44

O propósito das DeFi é criar um sistema financeiro descentralizado que oferece os mesmos produtos e serviços financeiros existentes nas finanças tradicionais sem a necessidade de uma autoridade central (Imagem: Freepik/gstudioimagen)

Uma nova pesquisa realizada pelo site CoinGecko afirma que o setor de “yield farming” — a busca pela melhor oportunidade de rendimentos possível em plataformas cripto — é limitado a uma minoria de pessoas (“farmers”) que pode estar mais exposta a riscos do que imaginam.

Segundo a pesquisa realizada em agosto, dentre 1.347 respondentes, apenas 23% participaram de algum tipo de yield farming nos últimos 30 dias, mas mais de 80% não sabem o que o termo significa.

Assim, 40% dos respondentes envolvidos em yield farming não sabem avaliar o risco de contratos autônomos — ou “smart contracts”, o código automatizado que alimenta as aplicações de finanças descentralizadas (DeFi) — e, em vez disso, dependem que auditores identifiquem o risco de falhas ou agentes maliciosos.

Segundo o Decrypt, auditorias demandam tempo e dinheiro, fazendo com que muitos projetos não as realizem, aumentando o risco de investidores no setor DeFi.

“Todos os ‘farmers’ devem realizar suas próprias pesquisas antes de ‘farmarem’ em qualquer pool, já que são mais tokens de ‘copiar e colar’ que, possivelmente, podem expô-los a um maior risco do que a vulnerabilidade no código ou esquemas”, afirmou CoinGecko.

Apesar de serem repletos de variabilidade, rendimentos em capitais investidos nesses projetos ultrapassaram 1.000% anuais.

CoinGecko afirma que, embora esses rendimentos sejam astronômicos e, no futuro, irão sumir dos protocolos DeFi, algum tipo de “yield farming” permanecerá, conforme diferentes projetos chamam a atenção de usuários e de suas reservas de capital.

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