Metade dos brasileiros tem medo de sair de casa na pandemia, revela pesquisa
A Pesquisa Comportamental Pós-Covid-19, elaborada pela empresa de soluções integradas Go2Mob, revelou que metade da população brasileira teme por sair de casa, apesar da flexibilização das medidas de isolamento social nos estados.
Os mais temerosos estão localizados no Amapá, Piauí, Ceará e Pernambuco, representando um percentual entre 56 e 60%.
Questionados sobre a situação econômica do país, 27% dos entrevistados afirmaram que a economia deve melhorar, enquanto 32% foram mais céticos e disseram que as coisas permanecerão iguais.
No trabalho, 47% contaram que perderam o emprego por causa da pandemia de covid-19, mas a maioria acredita que deve voltar às atividades ainda neste ano.
“Embora ainda exista grande preocupação com a saúde, muitos estão na expectativa de voltar a fazer o que sempre fizeram antes da pandemia. Apesar das dificuldades, não são poucos aqueles que se sentem motivados a recuperar o tempo perdido. A maioria quer voltar a trabalhar o mais rápido possível, mas está descrente com a economia e ainda mostra receio em sair de casa”, diz o CEO da Go2Mob, Alexandre Ribeiro.
A região Norte concentra a maior parcela da população esperançosa com a reconquista dos empregos. Nos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins, o percentual de pessoas otimistas está entre 66 e 70%.
O levantamento também mostrou que uma parcela considerável de pessoas (38%) tem pensado em montar seu próprio negócio.
Novos hábitos
Do total, 47% dos entrevistados afirmaram que o volume de compras online aumentou durante a pandemia, hábito que deve ser estendido pela maioria deles mesmo com a reabertura total do comércio.
Sobre os cuidados para evitar a contaminação, metade da população pretende continuar usando máscaras mesmo deixando de ser obrigatório.
No pós-covid, os brasileiros devem visitar praias e parques (38%), shopping centers (36%), bares e restaurantes (27%), cinemas e teatros (22%) e casas noturnas (22%).
Metodologia
A pesquisa ouviu 52.525 pessoas de todos os estados do Brasil durante o mês de junho. O questionário foi realizado via SMS, e teve como objetivo conhecer a expectativa e o comportamento dos brasileiros com a flexibilização das políticas de confinamento por meio de perguntas sobre mercado de trabalho, economia e saúde.