Desafio ‘muito grande’ para Haddad: Meta de 2024 deve ser revista, diz relator da lei orçamentária
De acordo com o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá um desafio “muito grande” para cumprir com a meta fiscal de 2024, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo. Procurado pelo Money Times, o Ministério disse que não vai comentar.
“A dificuldade não é por conta dele [Haddad]. A dificuldade é porque a economia ficou patinando”, disse Forte.
O relator do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) ainda afirmou que “inevitavelmente, o Governo vai ter que mexer na meta. Tanto se for votado o [arcabouço fiscal] que saiu da Câmara quanto se for votado o que saiu do Senado”.
Segundo ele, o único caminho para não mudar a meta seria abrir mão dos programas sociais, pois “não tem de onde tirar tanto dinheiro”.
Forte diz que a meta de zerar o déficit no ano de 2024 só será alcançada se a economia crescer. Ele projeta que o equilíbrio fiscal será factível em dois a três anos.
“O prazo está muito curto. Ele [Haddad] devia ter colocado um prazo mais dilatado, porque as condicionantes da economia local e internacional não favorecem neste momento”, ressaltou.
Mudanças na meta fiscal de 2024
Uma alteração ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 pretende dar espaço para o governo retirar R$ 5 bilhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta.
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O governo quer que esses R$ 5 bilhões sejam abatidos dos investimentos das estatais não-dependentes do Tesouro (estatais com receita própria). Com a alteração, essas empresas poderiam gastar no Novo PAC, sem pôr em risco o cumprimento da meta fiscal do próximo ano.
Segundo o texto, a mudança foi elaborada “tendo em vista a flexibilidade na execução desses investimentos e sua importância para o desenvolvimento econômico e social do país”.
*Com informações da Agência Brasil