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Meta de 2022 da Airbus pode ser revista após 563 entregas de janeiro a novembro

02 dez 2022, 13:08 - atualizado em 02 dez 2022, 13:08
Airbus
A maior fabricante de aviões do mundo entregou cerca de 563 aviões este ano, disseram as fontes, ante 497 entre janeiro e o final de outubro (Imagem: Bloomberg)

A Airbus entregou cerca de 66 jatos em novembro, ficando com um desafio quase recorde de entregar 137 aeronaves em dezembro para atingir sua meta de 2022, embora não tenha excluído a possibilidade de reduzí-la, disseram fontes do setor.

A maior fabricante de aviões do mundo entregou cerca de 563 aviões este ano, disseram as fontes, ante 497 entre janeiro e o final de outubro, ou 495 após o ajuste de duas entregas bloqueadas por sanções russas.

Um porta-voz da Airbus se recusou a comentar a estimativa de novembro, que está sujeita a auditoria interna.

Um aumento tardio ajudou novembro a ter um número maior do que o inicialmente esperado, mas não acabou com as dúvidas sobre a meta de 2022 de “cerca de 700” com semanas antes do final do ano, disseram as fontes.

O recorde anterior de dezembro de 138, visto em 2019, foi alcançado antes que a Covid-19 colocasse forte pressão nas cadeias de suprimentos.

Uma fonte do setor disse que a empresa praticamente perdeu a esperança de atingir sua principal meta de geração de receita. “Eles têm muitos problemas”, disse a fonte.

A Airbus anunciará as entregas de novembro em 8 de dezembro, o que também é visto como uma oportunidade para atualizar as metas de fim de ano.

Duas fontes disseram que isso não foi descartado, embora observem que a empresa tem um padrão de surpresas positivas no final do ano.

Questionado na última terça-feira se a Airbus manteve sua meta de 2022, o presidente-executivo, Guillaume Faury, se recusou a comentar diretamente, mas disse que teria uma imagem mais clara até o final de novembro e alertou que o ambiente da cadeia de suprimentos “continua muito complexo”.

A Airbus também está atrasando algumas entregas programadas para o próximo ano.

“Não estou preocupado com as coisas que sei, mas com as coisas que podem surgir”, disse o diretor operacional Alberto Gutierrez a repórteres no início desta semana, quando solicitado a resumir os riscos atuais na cadeia de suprimentos.

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