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Mesmo sem privatização, Eletrobras tem energia para subir 40% na Bolsa

24 out 2019, 14:02 - atualizado em 24 out 2019, 14:02
Eletrobras Empresas Brasil
A recomendação é de compra e o preço-alvo para 2020 é de R$ 54 para a ELET3 e R$ 55 para a ELET6 (imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Os analistas do Bradesco Corretora estão otimistas com a Eletrobras (ELET3:ELET6) e acreditam que. mesmo sem a privatização, a empresa tem um potencial de valorização de aproximadamente 40%. Isto além da forte valorização de 75% e 55%, respectivamente, que já obteve nos últimos 12 meses.

De acordo com o relatório divulgado na quarta-feira (22), em um cenário ainda mais otimista, contando com a privatização, as ações teriam o potencial de valorização chegando a 68% e 65%.

A recomendação é de compra e o preço-alvo para 2020 é de R$ 54 para a ELET3 e R$ 55 para a ELET6.

Eletrobras
De acordo com os analistas do Bradesco, com o possível programa de capitalização do governo, a companhia pode se transformar em uma corporação completa

Privatização

A privatização da Eletrobras é um ponto crucial para o crescimento da empresa. De acordo com os analistas do Bradesco, com o programa de capitalização do governo, a estatal pode se transformar em uma corporação completa, voltando a ter o poder que a fez umas das empresas de maior destaque do setor. Para eles, isso deve acontecer no segundo semestre de 2020.

Nova e velha

“Acreditamos que a Eletrobras privatizada valeria aproximadamente R$ 111 bilhões (cerca de 2 vezes seu valor no mercado atual)”, afirmaram Francisco Navarrete e Ricardo França. “Nesse caso, os investidores deteriam duas ações listadas: a ‘antiga’ Eletrobras Estatal + a ‘nova’ Eletrobras”.

making of – filme – vertedouro, escultura canal da piracema. Foto: Caio Coronel/ Itaipu Binacional

O governo dividiria e empresa em uma com os ativos de Itaipu e Eletronuclear. Esta seria a parte estatal e com uma capacidade de geração de 9 gigawats. Já a nova ficaria com os passivos de empréstimos compulsórios de R$ 18 bilhões, mais a dívida bruta da holding de R$ 41 bilhões.

A ideia, então, seria de emitir ações no mercado da “nova Eletrobras” no valor de R$ 12 a R$ 15 bilhões, o que retiraria o governo do controle. Este valor iria para a venda da sua produção a preço de mercado, pagando ao governo aproximadamente R$ 19 bilhões pela concessão.

Segundo a corretora, o otimismo em relação ao futuro da empresa se deve a três fatores:

1 – O governo receberá uma taxa de concessão da Eletrobras de aproximadamente R$ 19 bilhões.

2 – Para facilitar a aprovação no Congresso, a empresa poderia financiar R$ 300 a 500 milhões em investimentos anuais por aproximadamente uma década em regiões onde seus ativos estão presentes, como no Norte e no Nordeste.

3 – Como incentivo para o Congresso, o governo poderia compartilhar a taxa de concessão com estados e municípios nessas regiões.

Jornalista | Analista de Marketing
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