Mesmo sem oferta do Brasil, açúcar cede por estoques e produção asiáticas
A representativa alta do petróleo nesta segunda (6), passando dos US$ 43/barril (+0,70%), não posicionou o açúcar no lado comprador em Nova York, quando o mercado poderia ver mais etanol sendo produzido no Brasil e, na contramão, menos o alimento. Até porque já terá acabado o açúcar brasileiro exportável até setembro.
A commodity agro se desatrelou do óleo cru e perdeu expressivos 2,29% no contrato outubro, fechando em 11,96 centavos de dólar por libra-peso
A cotação do vencimento driver não resistiu muito tempo na faixa dos 12 c/lp.
Prevaleceu as variáveis diretas setorial. Aos estoques somados de Índia e Taliândia , de quase 20 milhões de toneladas – respectivamente, 16 e 3,5 milhões/t – o mercado já começa a precificar a próxima safra da Ásia.
Os dois países começam a colheita do ciclo 20/21 em setembro sob previsões, até agora, dos organismos locais, de 32 e 12 milhões/t, consideradas safras boas.
Mesmo com o Brasil praticamente fora da balança de oferta, uma vez que da safra do Centro-Sul o açúcar disponível terá se esgotado em agosto, como Money Times deu semana passada reportando o analista Maurício Muruci, da Safras & Mercados, não se espera melhora para os preços.
E, por enquanto, ainda não entrou no jogo as condições climáticas que podem consolidar ou revisar as expectativas da oferta da safra daqueles dois países asiáticos.