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Mesmo sem a multidão às portas, a Black Friday 2020 ainda é um grande evento

27 nov 2020, 7:53 - atualizado em 27 nov 2020, 8:00
Para não patinar no e-commerce, é preciso ter em mente que os consumidores neste ano estão mais sensíveis aos preços (Imagem: Wikimedia Commons)

Os comerciantes estão apreensivos com a Black Friday deste ano, que será bem diferente das edições anteriores, diante do cenário econômico caótico e os efeitos negativos da pandemia de coronavírus que ainda pairam no ar.

No entanto, nem tudo está perdido, se apostar pesado no e-commerce for a estratégia, avalia o BTG Pactual (BPAC11).

Apesar de países europeus, como: Reino Unido, França e Alemanha, terem restringido as compras não essenciais ou o número de clientes por loja no auge do período de consumo, para driblar a 2° onda da Covid-19, o varejo deve resistir migrando para o ambiente digital.

Mesmo em países onde as medidas de distanciamento ainda seguem afrouxadas, caso dos Estados Unidos, é esperado que as vendas nas lojas físicas tombem 25% nesta Black Friday, argumenta o BTG.

“Para não patinar no e-commerce, é preciso ter em mente que os consumidores neste ano estão mais sensíveis aos preços, mas também esperam condições melhores de frete, sem abrir mão da conveniência custo/entrega”, destacam os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi, que assinam o relatório, ao qual o Money Times teve acesso.

No Brasil, a Black Fiday 2020 deve expandir 77% contra a última edição, angariando R$ 6,9 bilhões, conforme dados daABComm, seguindo a mudança estrutural iniciada nos primórdios da pandemia, em que os comerciantes migraram do corpo-a-corpo para o digital.

Grandes varejistas listadas na Bolsa também adaptaram suas operações para essa Black Friday diferente.

O BTG mantém recomendação de compra para as ações da B2W (BTOW3) e da Via Varejo (VVAR3).